Nubank (ROXO34) despenca quase 7%, entenda

O banco está entre as 10 maiores empresas da B3 com valor de mercado.

Publicado em 22/07/2024 às 14:35h - Atualizado 1 ano atrás Publicado em 22/07/2024 às 14:35h Atualizado 1 ano atrás por Elanny Vlaxio

O recente declínio das ações do Nubank na bolsa de NYSE e na B3 tem relação com o rebaixamento de recomendação (Shutterstock)

Após um ano de forte valorização na NYSE (Bolsa de Nova York), o Nubank viu suas ações recuarem significativamente nesta segunda-feira (22). No pico da queda, por volta das 11h55, os papéis da fintech brasileira negociados na NYSE (ticker NU) despencavam 6,09%, cotados a US$ 12,65.

💲No Brasil, a queda também foi expressiva, com os BDRs do Nubank (ROXO34) na B3 registrando baixa de 6,33%, a R$ 11,69, no mesmo horário. Vale ressaltar que, apesar da queda recente, as ações do Nubank ainda acumulam valorização de 52% em 2024 na NYSE.

O recente declínio das ações do Nubank na bolsa de NYSE e na B3 tem relação com o rebaixamento da recomendação feito pelo banco JP Morgan no último domingo (21). Em um relatório publicado, o banco americano ajustou sua avaliação para "neutra", indicando que não recomenda mais a compra dos papéis no momento.

💰 Apesar do rebaixamento, o JP Morgan ainda enxerga perspectivas positivas para o futuro da fintech. A instituição agora projeta um preço-alvo de US$ 14,50 para dezembro de 2025, o que representa um potencial de valorização de 7% em relação ao último fechamento.

Segundo o JP Morgan, um dos principais obstáculos para uma perspectiva mais positiva sobre as ações da fintech é o forte aumento ocorrido desde janeiro. O banco avalia que o banco digital agora tem um potencial de crescimento limitado após o recente desempenho robusto.

Apesar de não recomendarem a compra neste momento, eles continuam a reconhecer o Nubank como um disruptor significativo a longo prazo, com vantagens claras em custos sobre os incumbentes, o que impulsiona maior rentabilidade.

Preocupações sobre o crescimento do Nubank

O banco americano também destacou a vasta base de clientes da empresa, com potencial para expandir para novos produtos, além de elogiar a boa gestão da fintech. Embora reconheça a solidez dos negócios do Nubank, o JP Morgan considera que a ação está adequadamente avaliada: de acordo com os analistas, o atual múltiplo preço/lucro (P/L) para 2025 é de 24 vezes.

🤑 O banco americano destacou que o Nubank estabeleceu uma das marcas mais valiosas do Brasil. Entretanto, após o recente aumento nas ações, os analistas acreditam que o mercado já incorporou parte desses benefícios. Além disso, o banco norte-americano expressa preocupações sobre o crescimento futuro do Nubank.

Os analistas afirmam que, embora se espere uma expansão acima da média do setor, há receio de que esse ritmo possa desacelerar se o banco digital não conseguir capturar uma maior fatia dos clientes das classes média e alta. Segundo o JP Morgan, o Nubank já conquistou uma parte significativa do mercado de cartões de crédito para clientes de baixa renda, detendo 30% de participação entre aqueles que ganham menos de um salário mínimo.