Musk vs Trump: O que Wall Street pensa sobre a Tesla (TSL34) no meio desta confusão?
No meio do bate-boca, ações da fabricante sangram na bolsa de valores

O casamento entre Elon Musk e Donald Trump parece ter chegado ao fim nos últimos dias. Pelo menos é o que sugere as últimas discussões públicas que os dois magnatas tiveram.
Tudo começou com a saída de Musk do governo de Trump e suas críticas a um pacote fiscal que tramita no Congresso dos EUA. Depois disso, a troca de farpas feita pelas redes sociais ganhou contornos mais volumosos, com cada um dos lados fazendo acusações graves.
Primeiro, Trump chamou seu antigo parceiro de “louco” e sugeriu cortar subsídios dados às empresas de automóveis elétricos, o que afetaria diretamente a Tesla (TSLA34). Em resposta, Musk disse que o presidente estaria envolvido em um caso de escândalo sexual.
Para além do bate-boca, quem sofre no meio de toda essa situação é a Tesla, empresa que está intrinsecamente ligada a todos os movimentos de seu fundador. Cada vez que Musk fala ou decide por algo, os papéis da companhia vão para cima e para baixo, como se os investidores estivessem apostando em suas ideias, conforme destacam analistas do setor.
Por isso, desde a última quinta-feira (5), a empresa tem sentido o impacto da nova relação entre dois dos empresários mais conhecidos do mundo. No acumulado desta semana, as ações da Tesla acumulam uma baixa de 13%, segundo dados de Nasdaq, bolsa onde a companhia está listada.
Mas a fábrica de elétricos vem de alguns períodos seguidos de baixa, resultado do envolvimento de Musk com a política norte-americana. Desde o início do mandato de Trump, Musk ocupava um cargo de confiança, responsável por fazer um pente fino nos gastos públicos.
Em março, por exemplo, considerando o acumulado do ano, as ações da Tesla acumularam uma queda de 40%, ainda de acordo com Nasdaq, quando chegaram ao patamar de US$ 220. No Brasil, os BDRs da companhia -hoje cotados em cerca de R$ 51- chegaram a performar na casa de R$ 40.
Em Wall Street, só se fala disso
Dada a dimensão do caso, este é um dos principais assuntos nesta sexta em Wall Street, considerada a Faria Lima de Nova Iorque. Por lá, diversos analistas e gestores de investimentos comentam os impactos da briga entre Musk e Trump para as ações da Tesla.
Os gestores ouvidos pela imprensa não sabem exatamente onde e quando tudo isso vai parar. No entanto, é quase que unanimidade entre eles que o elo mais frágil dessa quebra de braços é a Tesla, que está suscetível ao ânimo dos investidores.
Para Dave Mazza, CEO da Round Hill Financial, a discussão é negativa no curto prazo, pois dá à empresa um nível de complexidade que não era necessário. “As pessoas vinham ignorando os problemas de vendas porque os robôs táxis estavam a caminho e havia uma paciência com isso. Mas se a empresa vai ser alvo e o Musk pessoalmente também, o ‘prêmio do sonho’ vai desaparecer — e foi isso que vimos hoje”, disse, em entrevista à Bloomberg.
Já Adam Sarhan, CEO da 50 Park Investments, destacou à reportagem que nitidamente os dois magnatas não estão mais alinhados, mas que não há uma visão clara sobre o resultado disso, razão pela qual o mercado terminou o pregão de ontem vendido para Tesla. “São duas das maiores personalidades do planeta, e se for uma disputa de egos, Trump vence. O impacto para a ação é imprevisível. É um jogo de apostas neste momento — e isso sem falar que a ação da Tesla já era cara. Pode estar ficando mais atraente com a queda, mas não posso dizer que está barata”, destacou.
O fato é que a companhia já perdeu mais de US$ 150 bilhões em valor de mercado, com o maior tombo já registrado pela Tesla em sua história. Desta forma, a empresa deixou a lista das 10 empresas mais valiosas do mundo, além de ter deixado a faixa de valuation de US$ 1 trilhão.

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