Mercado eufórico: Ibovespa (IBOV) bate 160 mil pontos pela 1ª vez e dólar recua

Índice dispara com altas de Vamos, Raízen e Ultrapar enquanto dólar e bolsas dos EUA recuam.

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Publicado em 02/12/2025 às 12:27h - Atualizado 2 horas atrás Publicado em 02/12/2025 às 12:27h Atualizado 2 horas atrás por Wesley Santana
B3 reúne centenas de companhias de capital aberto (Imagem: Shutterstock)
B3 reúne centenas de companhias de capital aberto (Imagem: Shutterstock)

Na manhã desta segunda-feira (2), o principal índice da bolsa de valores brasileira alcançou um novo recorde. Por volta das 11h, o Ibovespa (IBOV) bateu os 160 mil pontos pela primeira vez na história.

O resultado foi alcançado depois que o indicador obteve uma valorização superior a 1%, o que abriu caminho para o novo recorde. Com isso, no acumulado do ano, a valorização do Ibovespa já passa de 33%, conforme dados da B3.

No caso desta segunda-feira, a alta é puxada sobretudo por empresas que crescem mais de 3% no pregão. O destaque é da Vamos (VAMO3), que avança 5,4%, para acima de R$ 4, ainda de acordo com informações da B3.

Na sequência, aparecem os tickers da Raízen (RAIZ4) e Ultrapar (UGPA3), que avançam, em média, 3,5%, cotadas a R$ 0,87 e R$ 22,30, respectivamente. Entre as blue chips, o Itaú (ITUB4) acelera 1,2% no pregão, com os papéis sendo negociados a R$ 41,75.

Na contramão, a Petz (PETZ3) é quem mais sofre, com recuo de 1,7% e preço de R$ 4,60. Já a Tim (TIMS3) cai 1,1%, enquanto a Casas Bahia (BHIA3) perde 0,9%.

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Dólar recua

As principais moedas estrangeiras também apresentam queda frente ao real brasileiro no mesmo período. O dólar dos EUA, por exemplo, opera com baixa de 0,3% em relação ao fechamento da véspera, a R$ 5,343 na cotação oficial.

O mesmo acontece com o euro, que é negociado por R$ 6,207, com recuo de 0,2% em relação à abertura do mercado. Entre as divisas da América Latina, o peso argentino desvaloriza 0,4% na comparação com a moeda brasileira.

Entre os índices das bolsas dos EUA, a maioria também opera no campo positivo, caso da Nasdaq, que cresce 0,8% no dia, para 23,5 mil pontos. Os outros indicadores operam de forma um pouco mais tímida, mas todos com algum avanço: S&P 500 sobe 0,25%, ao passo que NYSE e Dow Jones ganham 0,1%.

Cenário interno e externo contribui

A repercussão tanto no Ibovespa quanto no câmbio está atrelada a pelo menos dois fatores, um externo e outro interno. O primeiro é a leitura do mercado de que, nos EUA, o Federal Reserve pode conduzir um novo corte nos juros agora no mês de dezembro.

Isso porque diversos indicadores econômicos, usados para amparar as decisões do órgão, mostram uma desaceleração na economia norte-americana, o que seria indicativo de um momento para reduzir a taxa. Além disso, a inflação do país, marcada para ser divulgada na sexta (5), pode acelerar a aposta pelo corte.

Já no Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que a produção industrial apresentou variação positiva em outubro, mas bem abaixo do valor esperado. Na comparação com setembro, o índice cresceu 0,1%, enquanto a expectativa do mercado era de incremento de 0,4%.

Novo Ibovespa

Na véspera, o Ibovespa divulgou a prévia da carteira de investimentos que deve entrar em vigor em janeiro. As principais mudanças foram a saída da CVC (CVCB3) e a entrada da Copasa (CSMG3).

O IBOV deve entrar em vigor no primeiro pregão de 2026, mas, antes disso, outras duas prévias serão divulgadas pela B3. A expectativa do mercado é que a lista de ações se mantenha como a da primeira prévia.

VAMO3

Vamos
Cotação

R$ 4,06

Variação (12M)

49,82 % Logo Vamos

Margem Líquida

3,93 %

DY

0%

P/L

33,38

P/VP

1,69