Mais duas empresas pretendem agrupar ações na B3, confira

Com grupamento, empresas buscam elevar valor das ações e deixar de ser penny stock.

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Publicado em 15/08/2024 às 19:12h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 15/08/2024 às 19:12h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Ações de Westwing e João Fortes Engenharia são negociadas por menos de R$ 1 desde junho (Shutterstock)
Ações de Westwing e João Fortes Engenharia são negociadas por menos de R$ 1 desde junho (Shutterstock)

Mais duas empresas listadas na bolsa brasileira pretendem agrupar as suas ações: Westwing (WEST3) e João Fortes Engenharia (JFEN3).

📈 Com o grupamento, as empresas pretendem enquadrar o valor dos seus papeis acima de R$ 1 e, assim, deixar o grupo das penny stocks (ações que valem centavos) da B3.

A B3 impõe limites às penny stocks por causa da alta volatilidade desses papeis, já que, neste caso, variações de centavos podem representar percentuais expressivos.

"Uma ação sujeita a oscilações percentualmente elevadas e, portanto, com alta volatilidade, está associada à atração de investidores de perfil especulativo, que negociam sem embasamento nos fundamentos econômicos da Companhia", lembrou a B3, em ofício enviado à Westwing.

Westwing

As ações da Westwing são negociadas abaixo de R$ 1 desde o início de junho. Nesta quinta-feira (15), por exemplo, o papel fechou cotado a R$ 0,90.

🗓️ Por isso, a B3 pediu que a companhia tomasse as providências necessárias para enquadrar a cotação do papel acima de R$ 1 até 28 de janeiro de 2025.

A companhia pretende, portanto, avaliar uma proposta de grupamento de ações até 25 de outubro. Depois disso, a proposta será colocada para deliberação dos acionistas, em assembleia, até 28 de janeiro de 2025.

A Westwing lembrou, por sua vez, que desistirá do grupamento "na ocorrência de qualquer evento externo, cuja natureza e impacto não podem ser previstos ou controlados pela Companhia nesse momento, que resulte na elevação dos preços das ações para valores superiores a R$ 1,00".

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João Fortes

A João Fortes Engenharia, por sua vez, já definiu os termos da sua proposta de grupamento de ações. Por isso, disse nesta quinta-feira (15) que convocará uma assembleia de acionistas para 10 de outubro para deliberar sobre o tema.

A ideia da incorporadora é agrupar cada lote de 20 ações em um único papel. Se a proposta for aprovada em assembleia, os acionistas terão um prazo de 30 dias para ajustar as suas posições ao grupamento.

As ações da João Fortes também são negociadas abaixo de R$ 1 desde junho. Nesta quinta-feira (15), fecharam cotadas a R$ 0,25.

Grupamento pode bater recorde

Como mostrou o Investidor10, a B3 pode registrar um número recorde de grupamento de ações em 2024.

Ao menos oito empresas já agruparam suas ações neste ano, a exemplo da Oi (OIBR3) e do Magazine Luiza (MGLU3). E mais duas têm grupamentos agendados para os próximos dias: Americanas (AMER3), em 26 de agosto; PDG Realty (PDGR3), em 21 de outubro.

Além disso, mais duas empresas têm assembleias convocadas para discutir o grupamento nos próximos dias. A Coteminas (CTNM4) decide sobre o assunto nesta sexta-feira (16) e a Neogrid (NGRD3) avalia a proposta no próximo dia 28 de agosto.

Ainda assim, a B3 seguirá tendo penny stocks e potenciais candidatas ao grupamento de ações. Entre elas, a Infracomm (IFCM3) e a Kora Saúde (KRSA3).