Lucro da XP Inc. (XPBR31) sobe 18% e atinge maior nível da história no 2T25

O desempenho foi impulsionado pelo aumento da rentabilidade no varejo e pelo maior equilíbrio entre as principais linhas de receitas.

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Publicado em 18/08/2025 às 17:41h - Atualizado Agora Publicado em 18/08/2025 às 17:41h Atualizado Agora por Matheus Silva
A receita bruta da XP totalizou R$ 4,669 bilhões, alta de 4% em base anual (Imagem: Divulgação/XP)
A receita bruta da XP totalizou R$ 4,669 bilhões, alta de 4% em base anual (Imagem: Divulgação/XP)

🚨 A XP Inc. (XPBR31) divulgou nesta segunda-feira (18) um lucro líquido ajustado de R$ 1,321 bilhão no segundo trimestre de 2025, número que representa um avanço de 18% em relação ao mesmo período de 2024 e crescimento de 7% frente ao trimestre imediatamente anterior.

O desempenho foi impulsionado pelo aumento da rentabilidade no varejo e pelo maior equilíbrio entre as principais linhas de receitas.

A receita bruta da XP totalizou R$ 4,669 bilhões, alta de 4% em base anual. O destaque veio do segmento de varejo, que avançou 9%, alcançando R$ 3,577 bilhões.

Dentro deste segmento, dois fatores foram determinantes:

  • a renda fixa, que somou R$ 988 milhões, alta de 20% frente ao 2T24;
  • e as chamadas outras receitas de varejo (float, câmbio, conta digital, consórcio, investimentos globais), que dispararam 31%, para R$ 634 milhões.

Já a renda variável recuou 8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 1,03 bilhão. Mesmo assim, voltou a ser a principal fonte de receitas da XP dentro do varejo, após ter perdido espaço para a renda fixa no trimestre anterior.

A receita líquida somou R$ 4,46 bilhões, com expansão de 6% em doze meses.

Lucro por ação e eficiência operacional

O lucro líquido por ação (LPA) básico ajustado foi de R$ 2,50, alta de 8% em relação ao 1T25 e 22% acima do 2T24. Já o LPA diluído ajustado ficou em R$ 2,46.

A XP destacou que o crescimento do LPA foi maior que o do lucro líquido devido à redução da base acionária após os programas de recompra de ações.

O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (ROAE) atingiu 24,4%, acima dos 22,1% registrados um ano antes. Já o retorno sobre patrimônio tangível (ROTE) subiu de 27,2% para 30,1%.

O índice de eficiência caiu para 34,5% no período, contra 36,1% no 2T24, refletindo disciplina de custos e ganhos de escala.

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Seguros, previdência e novas frentes

No braço de seguros, os prêmios emitidos avançaram 45%, totalizando R$ 444 milhões. A previdência também mostrou crescimento sólido, com alta de 15% em ativos de clientes, chegando a R$ 86 bilhões.

Já o cartão de crédito movimentou R$ 12,4 bilhões em TPV, aumento de 8% em doze meses. Nas novas verticais (câmbio, investimentos globais, conta digital e consórcio), a XP reportou alta de 146% na receita.

A captação líquida no varejo (Net New Money) totalizou R$ 16 bilhões, apoiada em maior segmentação e fortalecimento da rede de assessores. O número de clientes ativos cresceu 2% em relação ao 2T24, chegando a 4,7 milhões.

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Despesas sob controle

As despesas administrativas gerais somaram R$ 1,6 bilhão, alta de 10% em um ano. O aumento foi puxado por maiores gastos em marketing e tecnologia, classificados como “outras despesas”, que subiram 24% na comparação anual.

Apesar disso, a XP reforçou que mantém foco em eficiência, com alocação seletiva de recursos para fortalecer o negócio e sustentar o crescimento de longo prazo.

📈 “Fortalecemos o negócio no trimestre registrando lucro líquido recorde e crescimento do lucro por ação de 22% na comparação anual. Tenho confiança de que estamos no caminho certo e continuamos trabalhando intensamente para manter o nosso ritmo de crescimento de longo prazo, sempre com o compromisso com a excelência em servir os nossos clientes”, afirmou Thiago Maffra, CEO da XP Inc., no comunicado de resultados.

XPBR31

XP Investimentos
Cotação

R$ 94,60

Variação (12M)

-13,41 % Logo XP Investimentos

Margem Líquida

63,23 %

DY

4,29 %

P/L

10,41

P/VP

2,36