Lucro da Even (EVEN3) cai 32,6% e recua para R$ 49 milhões no 2T25

O resultado foi influenciado pela venda do Hotel Faena, que apresentou rentabilidade inferior aos empreendimentos da companhia.

Publicado em 11/08/2025 às 19:14h - Atualizado 10 dias atrás Publicado em 11/08/2025 às 19:14h Atualizado 10 dias atrás por Matheus Silva

No período, a construtora lançou o Casa Madalena e concluiu a venda integral do Hotel Faena (Imagem: Shutterstock)

🚨 A construtora Even (EVEN3) encerrou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 49 milhões, queda de 32,6% em relação ao mesmo período de 2024.

O resultado foi influenciado por fatores pontuais, como a venda do Hotel Faena, que apresentou rentabilidade inferior aos empreendimentos residenciais da companhia.

A receita líquida totalizou R$ 569,8 milhões, uma retração de 38,3% frente ao 2T24. Mesmo com a queda, a Even reforçou que segue concentrando seus esforços em projetos de alto padrão, segmento que respondeu por 57% das vendas no trimestre.

No período, a construtora lançou o Casa Madalena e concluiu a venda integral do Hotel Faena. As vendas líquidas somaram R$ 737 milhões, com uma VSO consolidada (vendas sobre oferta) de 13% e VSO de lançamento de 31,4%.

O estoque ao final do trimestre foi de R$ 2,9 bilhões, sendo apenas 12% já concluído. Do volume em construção, 77% têm entrega prevista a partir de 2027, o que indica um ciclo de projetos de longo prazo para a companhia.

Impacto da venda do Hotel Faena

A margem líquida ficou em 10,4%, abaixo dos 12,15% registrados no ano anterior. Segundo a Even, essa redução está ligada ao impacto da venda do Hotel Faena, cuja rentabilidade é menor que a das unidades residenciais do mesmo empreendimento.

Ao excluir esse efeito, a margem bruta ajustada teria alcançado 29,8%, mantendo-se alinhada aos patamares de trimestres anteriores.

No consolidado, o lucro bruto somou R$ 110,1 milhões, com margem bruta ajustada de 23,8% (ou 29,8% sem o impacto da venda).

Estrutura de capital e geração de caixa

A Even encerrou o trimestre com caixa de R$ 923 milhões e dívida bruta de R$ 1,13 bilhão, resultando em uma dívida líquida de R$ 202 milhões — equivalente a 9,3% do patrimônio líquido.

A geração de caixa operacional foi positiva em R$ 67 milhões, reforçando a disciplina financeira da companhia.

Perspectivas para o 2º semestre

A construtora segue otimista com o mercado de alto padrão e destacou dois projetos estratégicos para o segundo semestre: o São Paulo Bay e o Plenitude Melo Alves, ambos desenvolvidos pela RFM.

📈 A administração reiterou o compromisso com a gestão de custos e a alocação eficiente de capital, buscando manter a rentabilidade mesmo em um cenário macroeconômico desafiador.