Itaú BBA vê ação com potencial para subir 70% em 2025; veja o motivo

O Itaú BBA projeta um preço-alvo de R$ 14, o que implica uma valorização de 70% em relação aos preços atuais.

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Publicado em 26/12/2024 às 10:54h - Atualizado Agora Publicado em 26/12/2024 às 10:54h Atualizado Agora por Matheus Rodrigues
De acordo com o Itaú BBA, a B3 apresenta uma avaliação extremamente atrativa (Imagem: Shutterstock)
De acordo com o Itaú BBA, a B3 apresenta uma avaliação extremamente atrativa (Imagem: Shutterstock)

🚨 A B3 (B3SA3), principal bolsa de valores do Brasil, enfrenta um cenário desafiador em 2024, com suas ações acumulando queda de 27% no ano, negociando próximas às mínimas de cinco anos.

Apesar disso, especialistas do mercado financeiro enxergam uma reviravolta significativa no horizonte, com potencial de alta expressivo para os próximos anos.

Por que os analistas estão otimistas?

De acordo com o Itaú BBA, a B3 apresenta uma avaliação extremamente atrativa. Seu múltiplo preço/lucro (P/L) de 10 vezes reflete um desconto de 50% em relação a outras bolsas globais.

Para o analista Pedro Leduc, a companhia exibe características que a tornam uma aposta sólida, mesmo em um ambiente de volatilidade.

“A B3 está gritando qualidade e valor, com um modelo de negócios simples e resiliente. É uma oportunidade para investidores focados no longo prazo”, destaca Leduc.

O Itaú BBA projeta um preço-alvo de R$ 14, o que implica uma valorização de 70% em relação aos preços atuais.

Diferenciação estratégica: O plano da B3

Durante seu recente Investor Day, a B3 apresentou uma visão estratégica robusta para diversificar receitas e expandir sua atuação em segmentos-chave, como renda fixa, crédito e tecnologia. Algumas iniciativas chamaram atenção:

  • Diversificação de receita: A participação da renda variável na receita caiu de 27% em 2019 para 19% em 2024, enquanto dados e tecnologia avançaram significativamente.
  • Renda fixa em ascensão: O saldo de instrumentos de dívida corporativa, como debêntures, cresceu de R$ 532 milhões em 2019 para R$ 1,384 bilhão em 2024.
  • Mercado secundário mais ativo: O volume médio diário negociado (ADTV) de debêntures saltou de R$ 600 milhões para R$ 2,9 bilhões no mesmo período.

Segundo o Safra, a renda fixa é a maior avenida de crescimento da B3.

A criação de novos índices e contratos futuros de renda fixa reflete a estratégia da empresa para capturar a digitalização e expansão do mercado de crédito brasileiro.

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Distribuição de dividendos: Um atrativo adicional

Mesmo diante de desafios econômicos, a B3 manteve um perfil resiliente em termos de geração de caixa.

Para investidores, a capacidade da empresa em distribuir dividendos substanciais durante ciclos de juros altos é um fator cada vez mais valorizado.

Riscos no horizonte

Embora os analistas vejam um potencial de valorização significativo, a cautela persiste. O Safra, por exemplo, reduziu seu preço-alvo de R$ 14 para R$ 12, destacando o impacto de juros altos sobre a receita da bolsa.

Ainda assim, o banco reiterou a recomendação de compra, sustentado pela avaliação descontada e pela atratividade dos dividendos.

Para investidores, a B3 apresenta um dilema interessante: uma empresa com fundamentos sólidos e perspectivas de crescimento, mas enfrentando um cenário macroeconômico adverso.

💲 A aposta parece clara: quem acredita no potencial de recuperação do mercado acionário brasileiro pode ver na B3 uma oportunidade rara. Contudo, a volatilidade do setor exige atenção redobrada e uma visão de longo prazo.

B3SA3

B3
Cotação

R$ 10,32

Variação (12M)

-27,03 % Logo B3

Margem Líquida

41,48 %

DY

3.91%

P/L

13,27

P/VP

2,99