InterCement Brasil (ICBR3) e Mover entram com pedido de recuperação judicial

A InterCement Brasil (ICBR3), juntamente com suas controladoras indiretas (Intercement Participações, Mover e outras), formalizou um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Estado de São Paulo. A informação foi divulgada ao mercado em comunicado relevante na última terça-feira (3).

💬 A companhia havia anunciado anteriormente iniciativas para reestruturar suas dívidas. No segundo semestre, como parte desses esforços, buscou uma tutela cautelar para auxiliar no processo de mediação com seus principais credores financeiros e iniciou um procedimento de recuperação extrajudicial.

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Apesar de todas as medidas implementadas, a companhia viu-se obrigada a solicitar a recuperação judicial. Essa decisão, segundo o documento, visa preservar a capacidade da empresa de gerar valor para todos os seus stakeholders, incluindo clientes, funcionários, fornecedores e parceiros, além de garantir o cumprimento de sua responsabilidade social.

A companhia assegura que a recuperação judicial possibilitará a finalização das negociações dentro do prazo estabelecido, sem a necessidade de alienar ativos, graças à sua sólida capacidade de gerar recursos.

🗣️ “A companhia mantém e reafirma a confiança em sua solidez operacional, sendo certo que a recuperação judicial auxiliará na construção de uma solução definitiva para o restabelecimento do seu equilíbrio econômico-financeiro”, afirmou a empresa.

CSN desiste da aquisição

Além disso, em comunicado a InterCement disse ainda que o acordo de exclusividade para a venda de 100% do capital social da ICP foi rescindido em decorrência da instauração da recuperação judicial.

Em 19 de novembro, a CSN (CSNA3) e a InterCement anunciaram ao mercado uma prorrogação até 16 de dezembro de 2024 do período de exclusividade para negociação da aquisição da ICP e suas subsidiárias.

💭 O acordo de exclusividade concedido ao grupo liderado por Benjamin Steinbruch, inicialmente previsto para encerrar-se no meio do ano, passou por diversas prorrogações, sendo finalmente cancelado.

Em maio, a 'Reuters' reportou uma oferta da CSN na ordem de R$ 6 bilhões pelos ativos da Intercement, incluindo uma participação majoritária na Loma Negra, uma das principais produtoras de cimento na Argentina.