Incêndio atinge megafábrica da Tesla e interrompe operação

Local teve de ser evacuado, mas não há relatos de pessoas feridas.

Publicado em 21/08/2025 às 13:07h - Atualizado 25 dias atrás Publicado em 21/08/2025 às 13:07h Atualizado 25 dias atrás por Wesley Santana

Tesla deixou o clube das 10 empresas mais valiosas do mundo (Imagem: Shutterstock)

Um incêndio de grandes proporções atingiu nesta quinta-feira (21) a gigafactory da Tesla (TSLA34) em Grünheide, na Alemanha, a única da marca na Europa. O espaço teve de ser evacuado para que o fogo fosse controlado, mas não há registros de vítimas.

A fábrica em questão tem menos de três anos desde a inauguração e se concentra na fabricação de peças dos automóveis elétricos. A operação atingida era responsável pela montagem de baterias.

Essa não é a primeira vez que a Tesla registra um incêndio nesta fábrica, já que, em 2024, uma torre de energia pegou fogo. Na época, um grupo de ativistas chegou a reivindicar a autoria do ataque, o que não foi confirmado pelas autoridades.

No fechamento desta reportagem, as ações da Tesla em Nasdaq performavam com baixa de 0,42%. Os papéis eram negociados a US$ 322,50, segundo dados de Nasdaq.

Desde o começo do ano, a companhia amarga uma queda de 15% nos seus papéis, pautada por diversos motivos. Um deles foi a entrada e saída de Elon Musk do governo de Donald Trump, depois de um período bastante conturbado para a marca.

Vendas em queda

Recentemente, o relatório da Tesla mostrou que as vendas de carros na Europa estão em queda contínua. Em julho, a marca registrou recuo em saídas em diversos países do continente.

Na Suécia, por exemplo, a queda na comparação anual foi de 86%, com a empresa vendendo apenas 163 carros no mês. Já na Bélgica, o número foi um pouco maior, de 460 veículos, mas com um recuo de 58% em comparação com julho do ano passado.

Houve, porém, duas grandes exceções na região: Noruega aumentou a compra em 83%, enquanto a Espanha acelerou 27%. Os dois países juntos compraram pouco mais de 1,5 mil carros Tesla durante o mês.

Várias mudanças no cenário econômico já dão indicios de que a empresa pode ter alguns trimestres difíceis pela frente, conforme destacou o CEO Elon Musk. Em entrevista recente, ele destacou que o fim do subsídio fiscal de US$ 7,5 mil nos EUA pode reduzir o interesse dos motoristas pelas marcas, especialmente pelos produtos que custam mais barato.

A Telsa se tornou uma das maiores montadoras de veículos do mundo, com um valor de mercado de US$ 1 trilhão. Caso as ações continuem perdendo preço, a companhia pode deixar o seleto grupo.