Ibovespa recua com pressão das ações da WEG; Petrobras ameniza queda
Ibovespa recua 0,13% em dia de cautela global e falas de Haddad e Galípolo; dólar cai para R$ 5,44.

🚨 O Ibovespa registrou sua segunda queda consecutiva nesta terça-feira (8), encerrando o pregão com recuo de 0,13%, aos 139.302,85 pontos — o que representa uma perda de 186,85 pontos.
O resultado refletiu o clima de cautela nos mercados globais, influenciado por falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre novas tarifas comerciais, além de declarações locais do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Enquanto isso, o dólar comercial também recuou, com queda de 0,59%, cotado a R$ 5,445, e os contratos de juros futuros (DIs) encerraram o dia sem direção única, refletindo a combinação entre ambiente externo desafiador e ruídos políticos internos.
Wall Street sem direção e impacto no Brasil
Os mercados norte-americanos fecharam sem força, diante de novas sinalizações de Trump, que reafirmou que a nova rodada de tarifas de importação entrará em vigor em 1º de agosto.
O posicionamento do presidente acentuou o clima de incerteza global, já que investidores seguem confusos sobre o escopo, a abrangência e os possíveis impactos da medida.
“Nem sei se alguém entende exatamente o que foi anunciado hoje e o que realmente será implementado”, afirmou Adam Parker, CEO da Trivariate Research, em entrevista à CNBC.
Esse ambiente influenciou diretamente o humor no Brasil, onde o Ibovespa também mostrou falta de tração, acompanhando o desempenho oscilante de Wall Street.
Haddad, Galípolo e ruídos locais
No front doméstico, os mercados repercutiram declarações do ministro da Fazenda.
Fernando Haddad reiterou que o governo está negociando um acordo bilateral com os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que alertou para os riscos fiscais, caso os três Poderes extrapolem seus limites em relação aos gastos.
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Haddad também comentou sobre o papel do Congresso, dizendo que “quando um não quer, dois não brigam”, em referência ao recente embate sobre o IOF.
Já Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, enfatizou a importância da comunicação institucional como instrumento para ampliar a eficácia da política monetária.
Segundo ele, é necessário “desentupir os canais de transmissão” da política de juros.
Vale, Petrobras e frigoríficos seguram o índice
Apesar do desempenho fraco do índice como um todo, algumas ações ajudaram a atenuar a queda do Ibovespa:
- Petrobras (PETR4) subiu 1,43%, acompanhando a valorização do petróleo Brent no mercado internacional;
- Vale (VALE3) teve leve alta de 0,35%, após oscilar ao longo do dia;
- PRIO (PRIO3) e Brava (BRAV3) também se destacaram com ganhos de 3,16% e 3,22%, respectivamente.
O setor de frigoríficos também brilhou. A BRF (BRFS3) avançou 1,93% após vitória judicial que permite a realização da assembleia que votará a fusão com a Marfrig (MRFG3), que por sua vez subiu 2,33%.
A Minerva (BEEF3) foi destaque, com valorização de 8,22% no dia.
Bancos e varejo fecham mistos após dados fracos
O desempenho dos bancos e do setor varejista foi instável:
- BB (BBAS3) caiu 0,27%, enquanto Bradesco (BBDC4) avançou 0,24%;
- Santander (SANB11) subiu 0,41% e Itaú (ITUB4) recuou 0,24%;
No varejo, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 2,31%, enquanto Lojas Renner (LREN3) teve leve alta de 0,10%.
A reação do setor de consumo foi negativa após os dados de vendas do varejo em maio, divulgados nesta terça-feira, apontarem resultado abaixo das expectativas.
A leitura do mercado é de que o setor segue pressionado por juros altos e apenas parcialmente beneficiado por estímulos à demanda.
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Ata do Fed e feriado paulista
Com agenda esvaziada nesta quarta-feira (10), os investidores voltam suas atenções para a divulgação da ata da última reunião do FOMC (Federal Reserve), que pode trazer pistas sobre o momento e a intensidade dos cortes de juros nos Estados Unidos.
Apesar do feriado estadual em São Paulo (Revolução Constitucionalista), a B3 seguirá com funcionamento normal, conforme novo posicionamento adotado pela bolsa, que fecha apenas em feriados nacionais.

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