Ibovespa quebra sequência de altas em meio às tarifas de Trump; veja ações que caíram
Petrobras e bancos puxam índice brasileiro para baixo, mas são os papéis da Azul (AZUL4) que lideram as perdas neste início de fevereiro
📉 Após uma subida de quase 5% no acumulado de janeiro de 2025, as ações brasileiras não começaram o mês de fevereiro com tamanho pé direito. Isso porque o Ibovespa interrompeu sequência de altas nesta segunda-feira (3), caindo −0,13%, fechando em 125.970,46 pontos, diante das repercussões sobre as tarifas comerciais implementadas pelo presidente americano Donald Trump.
No fim do pregão, o mercado local até chegou a limitar as perdas, mas não foi o suficiente para que o principal índice acionário brasileiro ficar no azul, depois que o governo do México anunciou no início da tarde um acordo temporário com a administração Trump para pausar as tarifas de 25% sobre os produtos mexicanos destinados aos americanos.
Afinal de contas, o protecionismo comercial ainda parece longe de ter o seu nó completamente desatado. Durante o último final de semana, no dia 1º de fevereiro, o republicano confirmou o que já anunciava há semanas: taxação de 25% para México e Canadá e de 10% para China.
Tal medida provocou uma queda generalizada das bolsas de valores pelo mundo e também impactou a cotação do dólar aqui no Brasil. Mas, com possíveis acordos entre os países entrando no radar dos investidores, o dólar à vista acabou engatando sua 11ª queda consecutiva, encerrando o dia a R$ 5,81.
Wall Street
💸 Também não houve tempo hábil para que as ações americanas evitassem fechar o primeiro pregão de fevereiro no vermelho, mesmo após o cumprimento de mãos entre Washington e Cidade do México para pausar a tarifação entre os países.
No caso, as companhias mais ligadas à velha economia, que compõem o índice Dow Jones, formado por 30 ações, tiveram uma retomada ímpar, já chegaram a recuar quase 700 pontos, embora tenham encerrado o dia apenas com ligeira baixa de 122,75 pontos.
Veja o desempenho dos principais índices acionários americanos:
- Dow Jones: −0,28% (44.421,91 pontos)
- S&P 500: −0,76% (5.994,57 pontos)
- Nasdaq: −1,20% (19.391,96 pontos)
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As ações que mais subiram do Ibovespa hoje
Em meio ao desconforto enfrentado pelo Ibovespa, algumas empresas brasileiras mantiveram no lucro até o final do pregão, casos da Automob (AMOB3) e Carrefour Brasil (CRFB3), subindo, respectivamente, 3,23% e 2,75%.
Outro destaque positivo do dia foram os papéis da Eneva (ENEV3), segundo a corretora Ativa Investimentos, que teve valorização de quase +1,30%.
Embora a companhia energética não tenha figurado entre as maiores altas do dia, a Eneva subia pelo interesse dos investidores com a assinatura de contrato de suprimento de gás para Virtu GNL
- Automob (AMOB3): +3,23% / R$ 0,32 por ação / Transportes
- Carrefour Brasil (CRFB3): + 2,75% / R$ 6,36 por ação / Varejo
- Hypera (HYPE3): +2,57% / R$ 18,75 por ação / Saúde
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4): +2,18% / R$ 9,83 por ação / Commodities
- Cemig (CMIG4): +2,10% / R$ 11,19 por ação / Elétricas
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As ações que mais caíram do Ibovespa hoje
Nomes de peso na composição do Ibovespa, como as ações da Petrobras (PETR4), além de grandes bancos, como Itaú (ITUB4), puxaram a queda do índice ao recuarem −0,5% e −1%, respectivamente.
Todavia, em termos percentuais, outras ações brasileiras tiveram baixas mais significativas no dia, como a Azul (AZUL4).
A companhia aérea sofre com parte dos investidores já precificando o aumento de 8% do preço médio do querosene de aviação (QAV) vendido a distribuidoras pela estatal do petróleo.
- Azul (AZUL4): −5,65% / R$ 4,34 por ação / Turismo
- Braskem (BRKM5): −5,07% / R$ 13,11 por ação / Petroquímico
- Marfrig (MRFG3): −4,97% / R$ 15,10 por ação / Frigoríficos
- Magazine Luiza (MGLU3): −3,22% / R$ 7,22 por ação / Varejo
- Raia Drogasil (RADL3): −2,66% / R$ 20,53 por ação / Farmácias
PETR4
PetrobrásR$ 31,01
1,20 %
15,77 %
16.63%
5,16
0,95
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