Ibovespa perde os 130 mil pontos e dólar atinge R$ 5,78

O dólar subiu mais de 6% no mês e atingiu o maior valor em mais de três anos e meio.

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Publicado em 31/10/2024 às 17:44h - Atualizado 7 meses atrás Publicado em 31/10/2024 às 17:44h Atualizado 7 meses atrás por Marina Barbosa
Ibovespa caiu 1,6% em outubro, no segundo mês seguido de perdas (Imagem: Shutterstock)
Ibovespa caiu 1,6% em outubro, no segundo mês seguido de perdas (Imagem: Shutterstock)

Sem novidades sobre o aguardado corte de gastos do governo, o mercado decidiu manter cautela nesta quinta-feira (31). O resultado foi mais um tombo do Ibovespa e uma nova alta do dólar.

📉 O principal índice da B3 recuou 0,71% e, com isso, perdeu os 130 mil pontos. O Ibovespa fechou aos 129.713 pontos, no menor nível da semana.

Já o dólar subiu 0,31%, na quinta alta consecutiva contra o real. Com isso, a moeda terminou o dia cotada a R$ 5,78, o maior valor desde março de 2021.

Com isso, o Ibovespa acumulou um baque de 1,6% em outubro. No ano, a desvalorização é de 3,3%. Afinal, o Ibovespa teve seis meses de perdas e só quatro de ganhos em 2024 até agora.

💵 Já o dólar avançou 6,1% contra o real no mês. A moeda já subiu mais de 16% em 2024 e opera no maior patamar em mais de três anos.

Em outubro, as commodities, a preocupação com a situação fiscal brasileira e a consequente alta dos juros futuros pesaram sobre os negócios na bolsa brasileira.

O governo até prometeu avançar com um pacote robusto de corte de gastos para garantir o cumprimento do arcabouço fiscal e já teria chegado a um acordo sobre as medidas. Contudo, o plano ainda não foi apresentado.

EUA

Nos Estados Unidos, o último pregão do mês também foi de perdas, com o mercado reagindo aos balanços da Meta (M1TA34) e da Microsoft (MSFT34).

No terceiro trimestre, as big techs ampliaram o lucro, mas também as despesas com IA (Inteligência Artificial). Por isso, o mercado avalia os impactos desses investimentos nas lucratividades futuras e as ações do setor acabaram sofrendo.

As ações da Microsoft recuaram 6,05% nesta quinta-feira (31) e as da Meta, -4,09%. Já a Nvidia (NVDC34) caiu 4,85%.

Veja como as bolsas americanas fecharam nesta quinta-feira (31):

  • Dow Jones: -0,90%;
  • S&P 500: -1,86%;
  • Nasdaq: -2,76%.

Baixas

O setor financeiro não ajudou o Ibovespa nesta quinta-feira (31). O Bradesco (BBDC4) recuou 4,39%, mesmo depois de apresentar uma alta de 13,1% no lucro do terceiro trimestre, com os analistas projetando uma recuperação lenta para o banco.

Com isso, os outros bancões da B3 também acabaram caindo. Destaque para o Santander Brasil (SANB11), que perdeu 2,68%.

Já a Ambev (ABEV3) registrou um lucro 11,2% menor no trimestre e caiu 2,24% na bolsa.

O maior tombo do dia no Ibovespa, contudo, foi da Hypera (HYPE3). A farmacêutica afundou 8,30% depois de a EMS desistir da combinação de negócios.

Veja outras baixas do dia:

Altas

Por outro lado, a Petrobras (PETR4) teve um leve ganho de 0,17%, em dia de recuperação dos preços do petróleo. Com isso, a estatal interrompeu uma sequência de três quedas consecutivas na bolsa.

Já a BRF (BRFS3) avançou 2,86% após ampliar a presença no Oriente Médio, por meio da compra de uma fatia de 26% da Addoha Poultry Company, empresa saudita do setor avícola.

Destaque ainda para a Profarma (PFRM3) que disparou 8,70% após anunciar um lucro recorde no terceiro trimestre e aprovar a distribuição de R$ 70,5 milhões em JCP (Juros sobre o Capital Próprio).

Veja outras altas do dia: