Ibovespa despenca 1,31% com escalada da guerra comercial; PETR4 cai quase 4%

Já o dólar comercial apresentou forte valorização, fechando o dia em alta de 1,29%, cotado a R$ 5,911.

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Publicado em 07/04/2025 às 18:18h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 07/04/2025 às 18:18h Atualizado 1 minuto atrás por Matheus Silva
A tensão comercial tem gerado instabilidade nos mercados globais (Imagem: Shutterstock)
A tensão comercial tem gerado instabilidade nos mercados globais (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (07) em queda de 1,31%, aos 125.588,09 pontos, registrando uma perda de 1.667,91 pontos.

O movimento foi influenciado por um cenário de aversão ao risco, com investidores reagindo a novos desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China e a ameaças de aumento tarifário por parte do presidente Donald Trump.

A tensão comercial tem gerado instabilidade nos mercados globais, afetando principalmente ativos de maior risco e commodities.

O dólar comercial também apresentou forte valorização, fechando o dia em alta de 1,29%, cotado a R$ 5,911.

Enquanto isso, os contratos de juros futuros (DIs) subiram ao longo de toda a curva, refletindo o aumento da percepção de risco por parte do mercado, especialmente diante da possibilidade crescente de uma recessão econômica global.

Trump ameaça novas tarifas

O principal gatilho para o desempenho negativo do mercado veio de declarações de Trump, que prometeu impor tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses, caso o país asiático não recue em suas tarifas retaliatórias.

Além disso, Trump afirmou que "todas as conversas com a China sobre as reuniões por eles solicitadas serão encerradas!".

As ameaças fizeram com que o mercado reagisse negativamente, refletindo um ambiente de incerteza em relação ao futuro das negociações comerciais e ao impacto potencial sobre o comércio global.

Os analistas apontam que, se essas tarifas forem implementadas, pode haver uma desaceleração mais acentuada no crescimento econômico mundial.

O Goldman Sachs revisou sua previsão de recessão nos Estados Unidos, elevando as chances para 45%.

Já o CEO da BlackRock, Larry Fink, relatou sinais de desaquecimento na demanda por viagens aéreas, enquanto o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, alertou que a possibilidade de recessão nos EUA aumentou "significativamente".

➡️ Leia mais: Trump ameaça taxar China em mais 50% se país não voltar atrás de retaliação aos EUA

Boatos e volatilidade marcam o pregão

Durante a sessão, um rumor sobre o adiamento da implementação de novas tarifas por 90 dias provocou uma rápida valorização dos principais índices de Nova York, com reflexos positivos no Ibovespa.

Contudo, a Casa Branca prontamente desmentiu a informação, gerando nova onda de vendas e contribuindo para a volatilidade do dia.

A reação dos investidores foi imediata, resultando em oscilações bruscas tanto nos ativos locais quanto internacionais.

A União Europeia, por sua vez, sugeriu retaliar os Estados Unidos com tarifas de 25% sobre determinadas importações, adicionando mais tensão ao cenário já conturbado.

Maiores altas do Ibovespa

Maiores baixas do Ibovespa

Setores mais afetados

O setor de varejo foi um dos mais impactados, com papéis como Magazine Luiza liderando as perdas do dia.

Já o setor de petróleo foi pressionado pela queda do preço do barril, com destaque negativo para Petrobras, que registrou fortes baixas.

A instabilidade também atingiu empresas do setor siderúrgico, como Gerdau, que foi afetada pelo cenário de incerteza global.

Os mercados globais seguem sensíveis a qualquer nova informação sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China.

📊 As incertezas continuam pesando no sentimento dos investidores, que devem permanecer cautelosos nos próximos dias.