Ibovespa despenca 1,31% com escalada da guerra comercial; PETR4 cai quase 4%
Já o dólar comercial apresentou forte valorização, fechando o dia em alta de 1,29%, cotado a R$ 5,911.

🚨 O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (07) em queda de 1,31%, aos 125.588,09 pontos, registrando uma perda de 1.667,91 pontos.
O movimento foi influenciado por um cenário de aversão ao risco, com investidores reagindo a novos desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China e a ameaças de aumento tarifário por parte do presidente Donald Trump.
A tensão comercial tem gerado instabilidade nos mercados globais, afetando principalmente ativos de maior risco e commodities.
O dólar comercial também apresentou forte valorização, fechando o dia em alta de 1,29%, cotado a R$ 5,911.
Enquanto isso, os contratos de juros futuros (DIs) subiram ao longo de toda a curva, refletindo o aumento da percepção de risco por parte do mercado, especialmente diante da possibilidade crescente de uma recessão econômica global.
Trump ameaça novas tarifas
O principal gatilho para o desempenho negativo do mercado veio de declarações de Trump, que prometeu impor tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses, caso o país asiático não recue em suas tarifas retaliatórias.
Além disso, Trump afirmou que "todas as conversas com a China sobre as reuniões por eles solicitadas serão encerradas!".
As ameaças fizeram com que o mercado reagisse negativamente, refletindo um ambiente de incerteza em relação ao futuro das negociações comerciais e ao impacto potencial sobre o comércio global.
Os analistas apontam que, se essas tarifas forem implementadas, pode haver uma desaceleração mais acentuada no crescimento econômico mundial.
O Goldman Sachs revisou sua previsão de recessão nos Estados Unidos, elevando as chances para 45%.
Já o CEO da BlackRock, Larry Fink, relatou sinais de desaquecimento na demanda por viagens aéreas, enquanto o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, alertou que a possibilidade de recessão nos EUA aumentou "significativamente".
➡️ Leia mais: Trump ameaça taxar China em mais 50% se país não voltar atrás de retaliação aos EUA
Boatos e volatilidade marcam o pregão
Durante a sessão, um rumor sobre o adiamento da implementação de novas tarifas por 90 dias provocou uma rápida valorização dos principais índices de Nova York, com reflexos positivos no Ibovespa.
Contudo, a Casa Branca prontamente desmentiu a informação, gerando nova onda de vendas e contribuindo para a volatilidade do dia.
A reação dos investidores foi imediata, resultando em oscilações bruscas tanto nos ativos locais quanto internacionais.
A União Europeia, por sua vez, sugeriu retaliar os Estados Unidos com tarifas de 25% sobre determinadas importações, adicionando mais tensão ao cenário já conturbado.
Maiores altas do Ibovespa
- NTCO3: +2,84% (R$ 9,41)
- IRBR3: +2,66% (R$ 50,12)
- BPAC11: +1,91% (R$ 33,65)
- PRIO3: +1,80% (R$ 34,51)
- LWSA3: +1,55% (R$ 2,62)
Maiores baixas do Ibovespa
- MGLU3: -6,37% (R$ 10,14)
- PETR3: -5,57% (R$ 35,63)
- LREN3: -4,19% (R$ 12,12)
- GOAU4: -4,07% (R$ 8,01)
- PETR4: -3,97% (R$ 33,18)
Setores mais afetados
O setor de varejo foi um dos mais impactados, com papéis como Magazine Luiza liderando as perdas do dia.
Já o setor de petróleo foi pressionado pela queda do preço do barril, com destaque negativo para Petrobras, que registrou fortes baixas.
A instabilidade também atingiu empresas do setor siderúrgico, como Gerdau, que foi afetada pelo cenário de incerteza global.
Os mercados globais seguem sensíveis a qualquer nova informação sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China.
📊 As incertezas continuam pesando no sentimento dos investidores, que devem permanecer cautelosos nos próximos dias.

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