Bolsa cai ao menor nível em 2 meses e dólar atinge R$ 5,58

O avanço da inflação brasileira e o recuo dos preços das commodities pesaram sob os negócios.

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Publicado em 09/10/2024 às 17:49h - Atualizado Agora Publicado em 09/10/2024 às 17:49h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Ibovespa caiu 1,18% e dólar subiu 1% (Imagem: Shutterstock)
Ibovespa caiu 1,18% e dólar subiu 1% (Imagem: Shutterstock)

O Ibovespa caiu ao menor nível em dois meses e o dólar disparou para R$ 5,58 nesta quarta-feira (9), diante do recuo das commodities e da alta da inflação brasileira.

📉 O principal índice da B3 tombou 1,18%. Com isso, perdeu mais de 1,5 mil pontos e o patamar dos 130 mil pontos. O Ibovespa fechou aos 129.962 pontos, no menor nível desde 8 de agosto.

Já o dólar avançou 1% e fechou a R$ 5,58, o maior valor desde 12 de setembro.

Nesta quarta-feira (9), a bolsa brasileira foi novamente pressionada pelas commodities. O petróleo do tipo Brent, por exemplo, caiu 0,78% diante do arrefecimento das tensões geopolíticas no Oriente Médio, levando junto empresas como a Petrobras (PETR4).

O minério de ferro também teve um dia de perdas, diante de dúvidas sobre os estímulos à economia chinesa, pesando sob companhias como a Vale (VALE3).

💲 Além disso, o mercado reagiu ao resultado da inflação de setembro. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou para 0,44% em setembro. Com isso, passou a acumular uma alta de 4,42% em 12 meses, aproximando-se do teto da meta de inflação (4,5%). Diante desses dados, analistas acreditam que a taxa Selic continuará em alta.

EUA

Já nos Estados Unidos, a expectativa é de que os juros continuarão caindo. A ata da última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) mostrou hoje que uma "maioria substancial" dos diretores apoiou o corte de 0,50 ponto percentual anunciado em setembro. 

O documento, no entanto, também revelou que parte dos membros do Fomc apoiaram um corte mais modesto dos juros. Diante disso e da força dos últimos dados da economia americana, a expectativa é de que os juros dos Estados Unidos caiam 0,25 ponto percentual em novembro.

Ainda assim, as bolsas americanas tiveram fortes altas nesta quarta-feira (9), tanto que o S&P bateu mais um recorde. Veja o fechamento:

  • Dow Jones: 1,03%;
  • S&P 500: 0,71%;
  • Nasdaq: 0,60%.

Baixas

Com o recuo das commodities, a Petrobras caiu 0,98% e a Vale perdeu 0,26%. Outras companhias do setor, no entanto, sofreram até mais. A PetroReconcavo (RECV3), por exemplo, teve uma desvalorização de 2,75% e a CSN Mineração (CMIN3), de 2,48%.

Os bancos também tiveram um dia de perdas, diante da alta dos juros futuros. O Banco do Brasil (BBAS3), por exemplo, desceu 2,04% e o Bradesco (BBDC4), -1,97%.

Já a Cosan (CSAN3) tombou 2,81%, diante da expectativa pelo IPO da Moove em Nova York.

Veja outras baixas do dia:

Altas

Por outro lado, a Usiminas (USIM5) não se importou com a queda do minério de ferro e saltou 4,49%, na esteira da recomendação de compra do Morgan Stanley.

O dia não foi de muitos destaques positivos na B3, mas vale ressaltar também o desempenho do GPA (PCAR3), que fechou em alta de 3,67%.

Veja outras altas do dia: