Horário da B3 pode mudar? CEO antecipa que sim
Inicialmente, bolsa negocia extensão do funcionamento para derivativos

O pregão da bolsa de valores brasileira hoje funciona no horário comercial. No entanto, isso pode mudar nos próximos meses, conforme antecipou o CEO da B3 (B3SA3), Gilson Finkelsztain.
⏰ Em entrevista ao InfoMoney, o executivo destacou que pode ocorrer uma ampliação do horário do pregão, sobretudo no que se refere às negociações de mercado futuro. Com a chegada das criptomoedas ao mercado de balcão, os ativos baseados em tokens também podem entrar nesta ampliação de horário.
“Estamos trabalhando para isso, conversando com os reguladores e a indústria, para, aos poucos, a gente estender um pouco [o horário de negociação] e talvez abrir mais cedo; começar a fechar um pouco mais tarde”, disse Finkelsztain à reportagem.
As negociações da B3 hoje acontecem das 10h às 17h55 na maioria dos produtos, como no mercado à vista. Há alguns produtos que têm a negociação interrompida antes desta hora.
“Obviamente, há uma preocupação com a boa formação de preço, com a capacidade do investidor atuar. E uma das coisas que a gente vai fazer já é disponibilizar também os nossos produtos aqui brasileiros em plataformas globais”, completou.
↔️ Leia mais: MSCI Brazil tem mudanças para fevereiro; veja ações afetadas
Follow-on e IPO
Durante a entrevista, Gilson também comentou sobre o cenário de abertura de capital e novas listagens de ações na B3. Segundo ele, ainda deve demorar para que novas empresas façam movimentos como esse na bolsa brasileira.
🗣️ “IPOs era um pouco da agenda do início do ano passado. No início de 2024, a gente tinha uma perspectiva de queda de taxa de juros e inflação mais próxima da meta. Mas ao longo de 2024, tivemos uma deterioração grande do cenário de inflação e aí, obviamente, uma reação da política monetária de subir juros. E juros altos combinam pouco com IPO”, projetou.
A fala de Gilson vai no sentido de que, para os investidores, neste momento, é mais vantajoso investir em produtos de renda fixa, que têm pouco risco, do que em ativos variáveis. Na última reunião do Copom, o Banco Central decidiu fixar a Selic em 13,25% ao ano.
“A minha perspectiva é de que quando a gente começar a ver a política monetária fazendo efeito e a gente conseguir ter a inflação mais próxima da meta, a curva de juros deve inverter, sinalizando uma tendência de corte de taxa de juros e nesse momento é justamente onde o mercado pode retomar a sua agenda de IPO”, finalizou.

B3SA3
B3R$ 14,45
41,35 %
43,97 %
2.04%
16,08
4,05

De olho no Ibovespa e nas eleições, Itaú BBA eleva preço-alvo da B3 (B3SA3)
Analistas projetam uma valorização de até 7% nos papéis, com os papéis alcançando a faixa de R$ 15,50.

B3 lança contratos futuros de juros offshore, veja detalhes
Os derivativos lançados pela B3 permitem aos investidores acesso eficiente e econômico às taxas de juros internacionais.

Mais dividendos: B3 e Telefônica atualizam para cima valor de JCP
Proventos serão pagos entre julho e abril de 2026, conforme respectivos fatos relevantes divulgados ao mercado.

B3 (B3SA3) pagará R$ 378,5 milhões em JCP; veja quem tem direito
O volume financeiro médio negociado na B3 no segmento de ações subiu 9,7% em maio de 2025.

B3 (B3SA3) pode perder até 7% do lucro por alta na CSLL, diz Itaú BBA
O motivo é o impacto fiscal relevante que a nova regra pode causar sobre instituições financeiras não bancárias — com destaque para a B3.

UBS rebaixa B3 (B3SA3) para neutro mas aumenta preço-alvo, veja
A informação foi divulgada em relatório nesta quinta-feira (29).

Selic a 15% ao ano perde força e taxas no Tesouro Direto renovam mínimas
Tesouro IPCA+ 2040 paga pela primeira vez um juro real abaixo de 7% ao ano

B3 lança GOAT11: 1º ETF híbrido do Brasil com renda fixa e ações do S&P 500
O novo ETF combina 80% de exposição em renda fixa e 20% em renda variável, criando uma alternativa para os investidores.