Greve explode na Embraer (EMBR3) no mesmo dia de contrato internacional
Funcionários da filial paulista pedem reajuste salarial de 11%, mas empresa negocia por 5%.

Nesta quarta-feira (17), a Embraer (EMBR3) informou que o governo de Portugal assinou um contrato para aquisição de um caça KC-390 Millennium. Segundo a fabricante, o acordo está no âmbito de um processo de modernização da Força Aérea Portuguesa.
O contrato ainda abre espaço para a aquisição de outras dez aeronaves adicionais para os próximos anos. A ideia é que os caças aumentem a frota do exército português e reforcem a capacidade do país em missões militares e cívis.
A decisão da nova compra acontece apenas dois meses depois que o país europeu recebeu o terceiro avião do mesmo modelo. Esse faz parte de um contrato assinado com a empresa brasileira em 2019, que inclua cinco KC-390, além de um simulador de voo.
Leia mais: Embraer (EMBR3) prevê 100 entregas de jatos comerciais por ano em 2028
Com autonomia de 6 mil quilometros, o caça em questão tem um custo que pode chegar a US$ 50 milhões. Ele é um veículo indicado para transporte militar que conta com lançamento de cargas e paraquedistas em voo, pode ser usado em operações especiais e ainda conta com tecnologia de última geração.
“O KC-390 Millennium incorpora tecnologias comprovadas e reconhecidas em sistemas de arquiteturas redundantes, levando a níveis de confiabilidade sem precedentes no segmento”, diz a Embraer. “Possui facilidades de manutenção como requisito relevante, empregando os métodos mais eficientes”. continua.
Na tarde desta quarta, as ações da Embraer operam com baixa de 1,4%, aos R$ 74,80, de acordo com dados da B3. No entanto, desde o começo do ano, a valorização dos papéis já chega a 30%.
Enquanto isso, greve dos funcionários
No momento em que a companhia assinava o novo contrato, os funcionários da fábrica em São José dos Campos aprovavam uma paralisação por tempo indeterminado. O grupo de metalurgicos pede reajuste salarial de 11%, conforme informou o sindicato do qual são filiados.
A greve acontece na linha de produção responsável pelos aviões comerciais da fabricante brasileira. Embora haja um crescimento em outros segmentos, essa é a principal fonte de receita da Embraer atualmente.
A greve foi aprovada em uma assembleia que contou com a presença de 3 mil empregados, que rejeitaram a proposta da companhia de conceder aumento de 5,05%. A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) é a responsável por representar a marca de aviões nas negociações.
Por meio de nota à imprensa, a Embraer afirmou que estranhou a ação do sindicato e disse que isso cerceia o direito constitucional de ir e vir. A companhia também diz que as negociações estão em andamento e que todas as fábricas “operam normalmente em todo o Brasil”.

EMBR3
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