Governo promete avançar no corte de gastos a partir desta semana
Semana ainda traz indicadores como a taxa de desemprego brasileira e o PIB dos EUA.
O governo brasileiro promete se debruçar sobre o pacote de gastos que mira o fortalecimento do arcabouço fiscal a partir desta semana. Por isso, a situação fiscal deve continuar no radar do mercado nesta semana, mas os próximos dias ainda trazem dados como a taxa de desemprego brasileira e o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos.
✂️ As dúvidas sobre a situação fiscal brasileira têm pressionando os investimentos realizados no país, tanto que o Ibovespa caminha para ter mais um mês de perdas e o dólar já subiu quase 5% em outubro. O governo garante, por sua vez, que o arcabouço fiscal segue de pé e, por isso, prometeu cortar gastos para garantir o cumprimento das metas discais.
Segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, um plano robusto de cortes de gastos será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) logo depois do segundo turno das eleições municipais, que ocorre neste domingo (27). Ela disse ainda que uma única medida desse plano deve permitir uma economia de R$ 20 bilhões por ano, se aprovada pelo Congresso Nacional.
O governo, no entanto, adiou a publicação dos últimos dados de resultado primário e da dívida pública, por causa da greve dos funcionários do Tesouro Nacional. Os relatórios de setembro eram esperados na última sexta-feira (25), mas ficaram para o início de novembro.
O BC (Banco Central), por sua vez, deve atualizar esse panorama, por meio da publicação das estatísticas fiscais de setembro, na próxima quinta-feira (31). No acumulado do ano até agosto, o setor público consolidado apresentava um déficit primário de R$ 86,2 bilhões, segundo os dados do BC.
Leia também: Weg, Santander, Bradesco e mais 15 empresas divulgam balanços nesta semana
Agenda de indicadores
💲 A semana começa, no entanto, com a publicação do Boletim Focus, que traz na segunda-feira (28) as projeções do mercado para indicadores como o PIB, a inflação e os juros brasileiros.
Na semana passada, o mercado elevou a projeção para a inflação deste ano para 4,50%, o teto da meta perseguida pelo BC. Diante disso, a expectativa é de que a taxa Selic suba para 11,75% neste ano e marque 11,25% ao final de 2025, segundo o Focus.
O BC ainda divulga as estatísticas do setor externo e as estatísticas monetárias e de crédito de setembro na terça (29) e na quarta-feira (30), respectivamente.
Também na quarta-feira (30), sai o resultado do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de setembro. No dia seguinte, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a taxa de desemprego do terceiro trimestre, medida pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal).
Para encerrar a semana, os dados de produção industrial de setembro serão publicados pelo IBGE na sexta-feira (1º).
Leia também: 9 empresas pagam dividendos e/ou JCP na semana, confira
EUA
🇺🇲 Nos Estados Unidos, a semana também será carregada de indicadores econômicos. E muitos deles podem impactar as próximas decisões de juros do Fed (Federal Reserve).
Na quarta-feira (30), será publicada a primeira prévia do PIB dos Estados Unidos no terceiro trimestre.
No dia seguinte, é a vez de o mercado conhecer o resultado do índice de preços preferido do Fed, o PCE (núcleo da inflação do consumo), em setembro.
Já na sexta-feira (1º), serão conhecidos a taxa de desemprego e o payroll de outubro.
Além disso, o mercado americano segue de olho na temporada de balanços do terceiro trimestre. E o foco desta semana está nas big techs. Afinal, Apple (APPL34), Amazon (AMZO34) e Uber (U1BE34) apresentam seus dados na quinta-feira (31). A Meta (M1TA34) faz o mesmo no dia seguinte.
Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima
Quais tipos de renda fixa ganham e perdem com a eleição de Trump?
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados
Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump
Poupança renderá mais com Selic a 10,75%? Cuidado com o mico
Rentabilidade da caderneta de poupança pode ficar travada pelos próximos cinco anos
Pai de todos os indicadores de economia no mundo rouba a cena na semana
Payroll nos EUA sairá nesta sexta-feira (4), dando pistas sobre ciclo de corte de juros
Selic a 11,25%: Quanto rendem R$ 1 mil, R$ 5 mil e R$ 10 mil no Tesouro Selic
Banco Central decide novo rumo da taxa Selic no dia 6 de novembro; renda fixa com liquidez diária pagará mais juros compostos
Tesouro Direto: Melhor travar taxa de 12,50% a.a. ou ter CDB a 110% do CDI?
Tesouro Prefixado 2031 oferece remuneração historicamente alta na renda fixa do governo
Renda fixa premia até 2027 quem investe em Tesouro Selic e CDB fixo no CDI
Taxas dos DIs disparam após subida da Selic, mostrando que renda fixa pós-fixada não perde a coroa até 2027