Funcionários de refinaria comprada pelo Mubadala farão paralisação

Segundo a FUP, funcionários cruzam os braços nesta quarta-feira (6) em protesto contra demissões realizadas pela nova gestão

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Publicado em 05/03/2024 às 18:05h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 05/03/2024 às 18:05h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Refinaria de Mubadala, na Bahia, comprada pelo Mubadala em 2021 (Divulgação)
Refinaria de Mubadala, na Bahia, comprada pelo Mubadala em 2021 (Divulgação)

Comprada pelo fundo árabe Mubadala em 2021, a Refinaria Mataripe terá um dia de paralisações nesta quarta-feira (6). Funcionários da refinaria prometem cruzar os braços a partir das 6h15 em protesto contra demissões realizadas em 2024.

Segundo a FUP (Federação Única dos Petroleiros), 150 trabalhadores, sendo 30 próprios e 120 terceirizados, foram demitidos da Refinaria Mataripe nas últimas duas semanas. Foram 28 demissões só nesta terça-feira (5), ainda de acordo com o sindicato.

Diante disso, a FUP, o Sindipetro Bahia (Sindicato dos Petroleiros) e o Siticcan (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial) aprovaram uma paralisação para esta quarta-feira (6). "Lutamos pela manutenção dos empregos", disse o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar. 

Localizada na Bahia, a refinaria é administrada pelo grupo Acelen, do Mubadala, e contava com 1.725 empregados, sendo 700 terceirizados, antes das demissões, segundo a FUP.

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Refinaria

Antiga Rlam (Refinaria Landulpho Alves), a Refinaria Mataripe foi vendida pela Petrobras (PETR4) ao Mubadala por US$ 1,65 bilhão em 2021, no governo de Jair Bolsonaro (PL). Agora, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Petrobras tenta recuperar a operação.

🤝 Em viagem a Abu Dhabi em fevereiro, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reuniu-se com representantes do Mubadala e discutiu a construção de uma "parceria que visa recuperar a operação" da refinaria. Segundo Prates, o objetivo é desenhar uma "nova configuração societária e operacional" para o empreendimento ainda neste primeiro semestre de 2024. 

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