FIIs de papel dão show nos de tijolo e rendem 8 vezes mais, mostra índice

Os FIIs de papel se destacaram no mercado nos últimos 12 meses, com uma performance superior à dos chamados "fundos de tijolo".

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Publicado em 18/06/2025 às 15:51h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 18/06/2025 às 15:51h Atualizado 1 dia atrás por Matheus Silva
Segundo o Índice RBIX, os FIIs de recebíveis acumularam alta de 6,8% (Imagem: Shutterstock)
Segundo o Índice RBIX, os FIIs de recebíveis acumularam alta de 6,8% (Imagem: Shutterstock)

🚨 Os fundos imobiliários de papel se destacaram no mercado nos últimos 12 meses, com uma performance significativamente superior à dos chamados "fundos de tijolo".

Segundo o Índice Rio Bravo de Fundos Imobiliários (RBIX), os FIIs de recebíveis acumularam alta de 6,8%, enquanto os focados em imóveis físicos subiram apenas 0,8% no mesmo período.

No total, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX), que mede o desempenho geral do setor, avançou 2,7%.

O destaque dos fundos de papel se deve, principalmente, à exposição a ativos de renda fixa, como os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), beneficiados pela taxa Selic elevada.

"Apesar de esses FIIs se beneficiarem dos juros altos, é fundamental ficar atento à qualidade dos devedores, que precisam honrar suas obrigações", afirma Isabella Pereira, gestora da Rio Bravo.

Fundos de tijolo seguem com fundamentos sólidos

Mesmo com desempenho inferior, os FIIs de tijolo continuam apresentando fundamentos positivos. Esses fundos investem diretamente em ativos físicos, como shoppings, galpões logísticos e prédios corporativos, e têm como pontos fortes a vacância controlada, inquilinos qualificados e localização estratégica.

Porém, as cotações desses fundos ainda sofrem pressão da Selic elevada, que afeta negativamente o valor das cotas negociadas em Bolsa.

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"Os FIIs de tijolo são investimentos de médio e longo prazo, que precisam de tempo para maturar suas teses. Muitas vezes perdem valor na Bolsa de Valores por conta dos juros, sem que isso afete seus fundamentos", explica Isabella.

Descontos e oportunidades no mercado

Mesmo após a forte valorização de 2025, o setor ainda oferece descontos atrativos no mercado secundário.

Segundo Isabella, os fundos de tijolo estão sendo negociados com deságio médio de 17% em relação ao valor patrimonial, enquanto os de papel apresentam desconto de 9%.

"A expectativa do fim do ciclo de aperto monetário tem impulsionado a performance dos FIIs, que, apesar da alta acumulada neste ano, seguem negociando com muito desconto no mercado secundário", avalia a gestora.

💲 Para investidores que buscam renda passiva e potencial de valorização no médio prazo, os fundos imobiliários continuam no radar como uma opção.