Enel deve perder contrato em São Paulo após apagão

Os governos federal, estadual e municipal decidiram pedir a caducidade do contrato.

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Publicado em 16/12/2025 às 19:26h - Atualizado Agora Publicado em 16/12/2025 às 19:26h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Contrato da Enel iria até 2028 em São Paulo (Imagem: Shutterstock)
Contrato da Enel iria até 2028 em São Paulo (Imagem: Shutterstock)

A Enel deve perder o contrato de concessão de energia elétrica no estado de São Paulo, após ter deixado milhares de consumidores sem luz nos últimos dias.

⚠️ O processo de caducidade (ou seja, de rompimento) do contrato será iniciado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a pedido dos governos federal, estadual e municipal.

A decisão foi tomada nesta terça-feira (16), após reunião entre o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

"Esperamos que a Aneel possa dar a resposta mais rápida possível para a população de São Paulo, com um processo de caducidade que resulte na melhoria da qualidade do serviço", declarou o ministro.

🔎 Com isso, a Aneel vai avaliar se a Enel descumpriu as suas obrigações e deve perder a concessão na região, que iria até 2028 e poderia ser renovada por 30 anos.

O fim do contrato, contudo, já foi dado como certo nesta terça-feira (16). Silveira disse, por exemplo, que "a Enel perdeu as condições de estar à frente do serviço de concessão de energia em São Paulo".

"É insustentável a situação da Enel em São Paulo, ela não tem mais condição de prestar serviço. Tem um problema reputacional muito sério, de deixar a nossa população na mão de forma constante", reforçou Tarcísio.

Já Nunes lembrou que, com isso, entra o "processo de substituição por uma empresa que tenha condições de atender São Paulo".

Apagão

🕯️ Segundo o prefeito, cerca de 50 mil domicílios seguiam sem luz nesta terça-feira (16), no quinto dia do apagão.

O apagão teve início na última quarta-feira (10), depois que rajadas de vento de até 98 quilômetros por hora derrubaram árvores e afetaram a rede elétrica de São Paulo, deixando mais de 2 milhões de casas sem luz.

A Enel disse na segunda-feira (15) que o fornecimento de energia estava "voltando ao padrão de normalidade" na sua área de cobertura. Contudo, reconheceu que seguia trabalhando em "alguns casos mais complexos de reconstrução da rede, que envolvem troca de cabos, postes e outros equipamentos".