Empresas da B3 perdem R$ 141 bi em valor de mercado após tarifas, veja maiores perdas

Juntas, Petrobras e Vale respondem por 75% de toda a desvalorização registrada entre 2 e 10 de abril.

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Publicado em 11/04/2025 às 08:38h - Atualizado 18 horas atrás Publicado em 11/04/2025 às 08:38h Atualizado 18 horas atrás por Marina Barbosa
O Ibovespa recuou 4% no período (Imagem: Shutterstock)
O Ibovespa recuou 4% no período (Imagem: Shutterstock)

Empresas listadas na B3 perderam R$ 141,8 bilhões em valor de mercado na semana que se seguiu ao anúncio de "tarifas recíprocas" pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

💰 A maior parte deste tombo, no entanto, está concentrada em duas gigantes da bolsa brasileira: Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).

Segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria, só a Petrobras perdeu R$ 88,7 bilhões. Com isso, o valor de mercado da estatal despencou de R$ 506,4 bilhões em 2 de abril para R$ 417,6 bilhões nessa quinta-feira (10). É o menor valor de mercado da Petrobras desde agosto de 2023, ou seja, em 1 ano e 8 meses. 

Já a Vale perdeu R$ 17,7 bilhões em valor de mercado nesse período. A capitalização da mineradora recuou de R$ 243 bilhões para R$ 225,3 bilhões, chegando a tocar no menor valor desde 2020, em meio à pandemia de covid-19.

Ou seja, Petrobras e Vale perderam juntas quase R$ 106,5 bilhões em valor de mercado desde o tarifaço de Trump. É o equivalente a 75% de todo o tombo de R$ 141,8 bilhões sofrido pelo conjunto das empresas listadas na B3.

📉 Companhias como Prio (PRIO3), Banco do Brasil (BBAS3), B3 (B3SA3) e Embraer (EMBR3), contudo, também tiveram perdas relevantes, segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria.

Nem a Gerdau (GGBR4), que é a apontada por analistas como uma das empresas brasileiras menos afetadas pelas tarifas, pelo fato de ter fábricas nos Estados Unidos, escapou do tombo. 

Veja as empresas da B3 que mais perderam valor de mercado entre 2 e 10 de abril:

O baque sofrido por essas 10 empresas soma R$ 133,5 bilhões. Logo, corresponde a 94% de todas as perdas sofridas pelas companhias listadas na bolsa brasileira na última semana.

O CEO da Elos Ayta Consultoria, Einar Rivero, observou que "o setor de exploração e refino foi o mais atingido, com três representantes entre os maiores recuos: Petrobras, PetroRio e Brava". 

Contudo, acrescentou que "até empresas com trajetória positiva nos primeiros meses do ano, como a Embraer e o Santander Brasil, sofreram ajustes relevantes".

"O cenário reflete um momento de tensão no mercado, com investidores reagindo a ruídos fiscais, aversão ao risco no exterior e perspectivas incertas para o crescimento da economia global", comentou Einar Rivero. 

E seguiu: "Mais do que os números absolutos, o recado é claro: o investidor está pisando no freio —e olhando com lupa para cada balanço, cada decisão de política econômica, cada sinal emitido por Brasília e pelo mundo".

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