Empresas brasileiras perdem R$ 130 bi em valor de mercado, veja maiores baixas

Temor fiscal voltou a pressionar os ativos brasileiros nesta quarta-feira (18), causando perdas bilionárias na bolsa.

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Publicado em 18/12/2024 às 20:46h - Atualizado Agora Publicado em 18/12/2024 às 20:46h Atualizado Agora por Marina Barbosa
De 322 companhias listadas na bolsa, só 68 escaparam do baque (Imagem: Shutterstock)
De 322 companhias listadas na bolsa, só 68 escaparam do baque (Imagem: Shutterstock)

O temor fiscal voltou a pressionar os ativos brasileiros nesta quarta-feira (18). Por isso, o dólar bateu mais um recorde, o Ibovespa sofreu a maior queda diária em mais de dois anos e as empresas listadas na bolsa brasileira perderam mais de R$ 130 bilhões em valor de mercado.

📉 Segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria, apenas 68 de 322 companhias listadas na bolsa brasileira conseguiram escapar do baque. Com isso, essas empresas terminaram o dia valendo R$ 4,03 trilhões, ao todo. Isto é, R$ 130,6 bilhões a menos do que no pregão anterior.

Quase metade dessa desvalorização, no entanto, concentrou-se em apenas dez empresas. Isso porque as dez maiores baixas totalizaram R$ 63 bilhões.

Só a Petrobras (PETR4), por exemplo, perdeu R$ 12,2 bilhões em valor de mercado. Já o BTG Pactual (BPAC11) sofreu uma desvalorização de R$ 11,1 bilhões.

Outros três bancos figuram na lista das maiores baixas, além de companhias como Vale (VALE3) e Weg (WEGE3).

Veja as 10 empresas que mais perderam valor de mercado nesta quarta-feira (18):

Dólar vai a R$ 6,27 e Ibovespa tomba 3,15%

💲 O tombo sofrido pela bolsa brasileira nesta quarta-feira (18) reflete o crescente pessimismo do mercado com a situação fiscal brasileira, além da indicação de que o Fed (Federal Reserve) vai reduzir o ritmo de corte dos juros americanos.

O mercado avalia que as medidas de contenção de gastos apresentadas pelo governo federal podem não ser suficientes para conter o avanço da dívida pública. Além disso, temem que as medidas sejam desidratadas ou não sejam aprovadas a tempo pelo Congresso Nacional, já que os parlamentares entram em recesso na próxima semana.

O temor fiscal vem pressionando os ativos brasileiros há semanas e acentuou-se nesta quarta-feira (18) depois que o Tesouro Nacional não conseguiu vender nenhum título em um leilão extraordinário e que o Fed indicou que deve cortar os juros americanos apenas duas vezes no próximo ano.

Com isso, o dólar disparou 2,78% e fechou a R$ 6,26 pela primeira vez na história. Na máxima do dia, a moeda tocou nos R$ 6,27.

Já o Ibovespa afundou 3,15%, a maior queda diária desde 10 de novembro de 2022. Com isso, o principal índice da B3 fechou aos 120.771 pontos, o menor patamar em quase seis meses.