Empresas brasileiras perdem R$ 130 bi em valor de mercado, veja maiores baixas
Temor fiscal voltou a pressionar os ativos brasileiros nesta quarta-feira (18), causando perdas bilionárias na bolsa.
O temor fiscal voltou a pressionar os ativos brasileiros nesta quarta-feira (18). Por isso, o dólar bateu mais um recorde, o Ibovespa sofreu a maior queda diária em mais de dois anos e as empresas listadas na bolsa brasileira perderam mais de R$ 130 bilhões em valor de mercado.
📉 Segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria, apenas 68 de 322 companhias listadas na bolsa brasileira conseguiram escapar do baque. Com isso, essas empresas terminaram o dia valendo R$ 4,03 trilhões, ao todo. Isto é, R$ 130,6 bilhões a menos do que no pregão anterior.
Quase metade dessa desvalorização, no entanto, concentrou-se em apenas dez empresas. Isso porque as dez maiores baixas totalizaram R$ 63 bilhões.
Só a Petrobras (PETR4), por exemplo, perdeu R$ 12,2 bilhões em valor de mercado. Já o BTG Pactual (BPAC11) sofreu uma desvalorização de R$ 11,1 bilhões.
Outros três bancos figuram na lista das maiores baixas, além de companhias como Vale (VALE3) e Weg (WEGE3).
Veja as 10 empresas que mais perderam valor de mercado nesta quarta-feira (18):
- Petrobras (PETR4): R$ 12,239 bi;
- BTG Pactual (BPAC11): R$ 11,147 bi;
- Itaú (ITUB4): R$ -8,068 bi;
- Vale (VALE3): R$ -5,550 bi;
- Ambev (ABEV3): R$ -5,347 bi;
- Bradesco (BBDC4): R$ -5,038 bi;
- Ambipar (AMBP3): R$ -4,843 bi;
- Banco do Brasil (BBAS3): R$ -3,881 bi;
- Weg (WEGE3): R$ -3,566 bi;
- JBS (JBSS3): R$ -3,416 bi.
Dólar vai a R$ 6,27 e Ibovespa tomba 3,15%
💲 O tombo sofrido pela bolsa brasileira nesta quarta-feira (18) reflete o crescente pessimismo do mercado com a situação fiscal brasileira, além da indicação de que o Fed (Federal Reserve) vai reduzir o ritmo de corte dos juros americanos.
O mercado avalia que as medidas de contenção de gastos apresentadas pelo governo federal podem não ser suficientes para conter o avanço da dívida pública. Além disso, temem que as medidas sejam desidratadas ou não sejam aprovadas a tempo pelo Congresso Nacional, já que os parlamentares entram em recesso na próxima semana.
O temor fiscal vem pressionando os ativos brasileiros há semanas e acentuou-se nesta quarta-feira (18) depois que o Tesouro Nacional não conseguiu vender nenhum título em um leilão extraordinário e que o Fed indicou que deve cortar os juros americanos apenas duas vezes no próximo ano.
Com isso, o dólar disparou 2,78% e fechou a R$ 6,26 pela primeira vez na história. Na máxima do dia, a moeda tocou nos R$ 6,27.
Já o Ibovespa afundou 3,15%, a maior queda diária desde 10 de novembro de 2022. Com isso, o principal índice da B3 fechou aos 120.771 pontos, o menor patamar em quase seis meses.
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