Dólar tem leve alta com Trump e ata do Copom no radar

O BC projeta uma inflação acima da meta pelo menos até junho de 2025.

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Publicado em 04/02/2025 às 09:32h - Atualizado 18 horas atrás Publicado em 04/02/2025 às 09:32h Atualizado 18 horas atrás por Elanny Vlaxio
O Ibovespa abriu em queda de 0,48% aos 125 mil pontos (Imagem: Shutterstock)
O Ibovespa abriu em queda de 0,48% aos 125 mil pontos (Imagem: Shutterstock)

💲 O dólar abriu com uma leve alta nesta terça-feira (4), refletindo a influência de temas domésticos, como a política de juros brasileira, e internacionais, como a disputa comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros. Às 09h20 (horário de Brasília), o dólar subia 0,03%, cotado a R$ 5,8168, já na segunda-feira (3), a moeda fechou em baixa de 0,34%.

Abertura do mercado

Aqui, o Ibovespa abriu em queda de 0,48% aos 125 mil pontos, enquanto o Ifix, subia 0,18% aos 3 mil pontos. No mundo das criptomoedas, o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH), avançam 3,93% e 7,66%, respectivamente. Além disso, após o anúncio de novas tarifas de importação pelos Estados Unidos, os mercados globais ainda recuam com:

  • Dow Jones (0,28%);
  • S&P500 (0,76%);
  • Nasdaq (1,20%).

Veja também as maiores altas do Ibovespa:

E as maiores baixas:

O que movimenta o mercado nesta 3ª

Do lado de cá, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), realizada na última quarta-feira (29). Na reunião, a Selic foi elevada em 1 ponto percentual, atingindo 13,25% ao ano.

🏦 O documento divulgado nesta terça-feira (4) revela que o BC projeta uma inflação acima da meta pelo menos até junho deste ano, com destaque para a preocupação com a alta dos preços dos alimentos, que deve "se propagar para o médio prazo".

Para Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital, o comunicado manteve o tom hawkish do último com uma decisão mais do que esperada pelo mercado. “Essa foi a primeira reunião do Gabriel Galípolo e essa nova configuração da diretoria. Já era uma decisão amplamente aguardada e esperada, já que na reunião de dezembro eles tinham sinalizado mais dois aumentos de 1%”, diz.

Tarifas

Lá fora, os olhos ainda continuam voltados para a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação a dois dos seus principais parceiros comerciais. Na última sexta-feira (31), ele anunciou tarifas de 10% sobre produtos chineses que chegassem aos EUA e de 25% sobre os produtos do Canadá e do México.

🗣️ No entanto, na última segunda-feira (3), Trump firmou acordos com o México e o Canadá, suspendendo as novas tarifas por um mês. Em troca, os dois países concordaram em reforçar a fiscalização nas fronteiras, para impedir a entrada de imigrantes ilegais e de fentanil nos EUA. As tarifas impostas à China, contudo, permanecem em vigor e começam a ser aplicadas hoje.

Como reação, o governo chinês já anunciou a imposição de novas tarifas: 15% sobre carvão e Gás Natural Liquefeito dos EUA, e 10% sobre petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis. Estas tarifas entram em vigor na próxima segunda-feira (10).

A China também informou que iniciará uma investigação antitruste contra a Alphabet Inc, dona do Google, enquanto incluía tanto a PVH Corp, holding de marcas como Calvin Klein, em sua “lista de entidades não confiáveis”.