Dólar dispara para R$ 5,65, mas Ibovespa escapa de queda

O recuo das commodities pressionou o real, mas a melhora da percepção fiscal garantiu uma leve alta do Ibovespa.

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Publicado em 15/10/2024 às 17:52h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 15/10/2024 às 17:52h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Dólar fechou no maior valor em mais de um mês (Imagem: Shutterstock)
Dólar fechou no maior valor em mais de um mês (Imagem: Shutterstock)

O Ibovespa conseguiu fechar no azul, mas o dólar disparou para R$ 5,65 nesta terça-feira (15), com o mercado de olho no fiscal e nas commodities.

📈 O principal índice da B3 operou no vermelho até bem perto do fechamento. Mas, na reta final do pregão, inverteu o sinal para fechar com uma leve alta de 0,03%, aos 131.043 pontos, impulsionado por uma melhora na percepção fiscal.

Já o dólar saltou 1,33% e atingiu R$ 5,65, o maior valor em mais de um mês, pressionado pelo recuo dos preços internacionais das commodities.

O petróleo caiu mais de 4% nesta terça-feira (15), diante de cortes nas projeções para a demanda mundial de óleo e de notícias de que Israel não deve atacar campos de petróleo iranianos. O minério de ferro também caiu, por causa das dúvidas sobre o ritmo de crescimento chinês.

💵 A baixa das commodities pesa sob empresas brasileiras como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), mas também pode afetar as exportações brasileiras, reduzindo a entrada de dólares no país. Por isso, levou à desvalorização do real nesta terça-feira (15).

A redução do risco fiscal, por outro lado, permitiu que o Ibovespa fechasse no azul. Isso porque o governo federal prepara um robusto pacote de cortes de gastos. E, no final do pregão, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, reforçou que "chegou a hora para levar a sério a revisão de gastos".

EUA

Já nos Estados Unidos, as bolsas fecharam com fortes quedas, com o mercado repercutindo a temporada de resultados do terceiro trimestre. Veja:

  • Dow Jones: -0,75%;
  • S&P 500: -0,76%;
  • Nasdaq: -1,01%.

Altas

Além do fiscal, os bancos ajudaram a bolsa brasileira nesta terça-feira (15). Destaque para Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), que ganharam 1,15% e 0,87%, respectivamente.

Mas a maior alta do dia no Ibovespa foi da LWSA (LWSA3), que saltou 4,22%, ainda colhendo os frutos da mudança de gestão anunciada na sexta-feira (11).

Veja outras altas do dia:

Baixas

As empresas ligadas a commodities, por outro lado, tiveram um dia de perdas na B3.

Diante do tombo do petróleo, a Petrobras (PETR4) perdeu 0,82% e as petroleiras juniores também sofreram. A PetroReconcavo (RECV3), por exemplo, recuou 2,07%.

Já a Vale (VALE3) caiu 1,23% diante da baixa do minério de ferro e da desconfiança do mercado em relação aos dados do terceiro trimestre. O relatório de produção e vendas da companhia sai ainda hoje.

A Usiminas (USIM5), por sua vez, liderou as perdas do dia no Ibovespa, com um baque de 2,39%.

Veja outras baixas do dia: