Dólar atinge R$ 5,77 e Ibovespa fecha estável, com China, EUA e fiscal no radar

Frustração com estímulos chineses pressionou as mineradoras, mas Petrobras e Embraer subiram.

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Publicado em 11/11/2024 às 18:28h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 11/11/2024 às 18:28h Atualizado 1 dia atrás por Marina Barbosa
Dólar subiu pela 3ª sessão seguida (Imagem: Shutterstock)
Dólar subiu pela 3ª sessão seguida (Imagem: Shutterstock)

O dólar subiu e o Ibovespa andou de lado nesta segunda-feira (11), sob o peso do cenário externo e da expectativa pelo corte de gastos prometido pelo governo brasileiro.

💲 A moeda americana avançou 0,58% e fechou a R$ 5,78, na terceira alta consecutiva ante o real. Já o Ibovespa fechou com um leve ganho de 0,03%, aos 127.873 pontos.

O dólar avançou em todo o mundo nesta segunda-feira (11), diante da expectativa de que Donald Trump avance com medidas que podem fortalecer a moeda americana, como a guerra tarifária contra a China.

📉 As commodities também pesaram sobre os negócios na bolsa brasileira, pois o petróleo e o minério de ferro recuaram diante da frustração do mercado com os novos estímulos econômicos chineses.

Além disso, os investidores continuam à espera do corte de gastos que promete reforçar o arcabouço fiscal brasileiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltaram a discutir o assunto nesta segunda-feira (11), mas nada foi anunciado pelo governo até o momento.

EUA

Já as bolsas americanas seguiram o rali deflagrado pela eleição de Donald Trump e pelo corte dos juros americanos. Tanto que o Dow Jones fechou acima dos 44 mil pontos pela primeira vez na história. Veja o fechamento desta segunda-feira (11):

  • Dow Jones: 0,69%;
  • S&P 500: 0,10%;
  • Nasdaq: 0,06%.

Baixas

A decepção com os estímulos chineses pesou sobre as mineradoras e as siderúrgicas da B3. A CSN (CSNA3), por exemplo, perdeu 3,91% e a Usiminas (USIM5), -2,56%.

Já a Vale (VALE3) recuou 3,27%, pressionada também pelo corte da recomendação do UBS. Veja aqui o que disse o banco suíço.

O dia ainda foi de perdas para a M. Dias Branco (MDIA3), que caiu 6,33% na esteira dos resultados do terceiro trimestre.

Destaque também para a Oi (OIBR3), que derreteu 27,18%, na véspera da entrega das ações emitidas no aumento de capital previsto no seu plano de recuperação judicial para os credores.

Veja outras baixas do dia:

Altas

Por outro lado, a Embraer (EMBR3) avançou 3,46%, impulsionada pelos resultados do terceiro trimestre e de acordo de vendas firmado com a Suécia. A ação fechou cotada a R$ 55,65, mas bateu nos R$ 56 no início da tarde, renovando sua máxima histórica.

Os dados do terceiro trimestre também impulsionaram as ações do setor de educação. Com isso, a Cogna (COGN3) fechou com alta de 8,82% e a Yduqs (YDUQ3) disparou 5,87%.

Já a Petrobras (PETR4) ignorou a alta do petróleo e conseguiu uma alta de 0,19%, com o Morgan Stanley projetando cerca de R$ 19,9 bilhões em dividendos extraordinários da estatal.

Veja outras altas do dia: