UBS corta recomendação para a Vale (VALE3): Veja o que diz o banco suíço
UBS adotou postura neutra e cortou o preço-alvo dos ADRs da Vale para US$ 11,50.

A Vale (VALE3) saiu da lista de compras do banco suíço UBS. A instituição cortou a recomendação e o preço-alvo para os papeis da companhia brasileira nesta segunda-feira (11), devido a preocupações com a cotação do minério de ferro.
📉 O UBS recomendava a compra dos ADRs (American Depositary Receipts) da Vale há apenas seis meses, mas voltou a adotar uma postura neutra em relação ao papel. Além disso, cortou o preço-alvo do ativo de US$ 14 para US$ 11,50, o que representa um potencial de valorização de apenas 8,5% em relação ao fechamento de sexta-feira (8).
Em relatório enviado a clientes, o UBS creditou a revisão à preocupação com os fundamentos do minério de ferro, cuja cotação tem oscilado bastante nos últimos meses devido às dúvidas sobre o crescimento da China, o maior consumidor mundial da commodity.
"Na nossa opinião, as exportações de aço da China são vulneráveis a restrições globais e é pouco provável que sejam totalmente compensadas por estímulos", destacou o banco, que já considera os "crescentes riscos macroeconômicos após as eleições nos EUA".
💲 Diante disso, o UBS espera uma "moderação" do preços do minério de ferro nos próximos anos. A projeção é de que o preço da tonelada do minério de ferro seja de aproximadamente US$ 100 em 2025 e depois caia para algo em torno de US$ 80 a US$ 90.
O banco reduziu, então, em cerca de 9% as estimativas para o Ebitda da Vale nos próximos dois anos. Além disso, projeta um rendimento com dividendos de aproximadamente 7% para 2025.
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Ainda assim, os analistas do UBS acreditam que a Vale pode compensar o impacto dos preços mais baixos de minério de ferro por meio do aumento de volumes, da redução de custos e de prêmios mais altos, na medida em que seus principais projetos de crescimento avançam e que a China descarboniza. E ressaltam o potencial do segmento de Metais Básicos se beneficiar com preços mais altos de cobre e níquel no médio prazo.
Além disso, o UBS vê espaço para a Vale progredir com outras pautas nos próximos seis meses, como a melhoria da relação institucional com o governo, o que poderia facilitar o novo acordo de concessão ferroviária e a revisão das regras de mineração em cavernas.
"A Vale fez progressos significativos em 2024, melhorando o desempenho operacional, resolvendo o litígio da Samarco no Brasil e nomeando um novo CEO", explicou.

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