Depois do Master, Banco Inter é proibido de conceder novos consignados pelo INSS

Nesta quinta-feira (16), o INSS informou que suspendeu a licença do Banco Inter (INBR32) para a concessão de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas. Além do banco digital, outras três instituições também deixaram a lista do órgão federal: Paraná Banco, Facta Financeira e Cobuccio Sociedade de Crédito Direto.

De acordo com informações publicadas no Diário Oficial da União, as instituições financeiras teriam descumprido Acordos de Cooperação Técnica firmados com o INSS anteriormente. A medida tem caráter cautelar e foi tomada “para cessar as irregularidades e salvaguardar o interesse público, até a conclusão definitiva dos processos de apuração”, diz o texto.

Por meio de nota, o Inter disse ter sido surpreendido com a decisão e que está em contato com o INSS para entender o contexto da suspensão. “O Inter reforça ainda seu compromisso com a transparência e o respeito aos clientes, especialmente aposentados e pensionistas”, diz a companhia.

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Na bolsa de valores, os investidores reagiram à decisão do INSS, fazendo com que as ações do banco brasileiro caíssem cerca de 0,2% na Nasdaq, onde são negociadas. Por volta das 11h, os papéis operavam abaixo de US$ 8,90, valor que vinha sendo mantido nas últimas semanas.

Na B3, o recuo é ainda maior, de quase 1% no dia, conforme dados da bolsa de valores brasileira. No mesmo horário, os BDRs da fintech eram negociados por R$ 48,50, valor que representa uma valorização positiva de 92% no ano.

Decisão tem precedentes

O Inter não é o único dos grandes bancos que tiveram algum tipo de suspensão por parte do INSS. Na semana passada, a entidade também proibiu o Master de conceder empréstimos para beneficiários, conforme publicação no DOU.

Neste caso, a instituição foi descredenciada e, por isso, não pode realizar nenhuma operação nova dentro dos sistemas da autarquia. Um dos motivos que apoiaram a decisão foi o volume expressivo de reclamações, sobretudo relacionadas a dificuldades para cancelamentos, cobranças indevidas e operações desconhecidas pelos aposentados.

“A decisão, de caráter preventivo, decorre de análise técnica e jurídica e seguirá válida até a conclusão das apurações em andamento ou até que a instituição financeira comprove, de forma objetiva, o atendimento integral à legislação e aos regulamentos que disciplinam o crédito consignado”, diz nota do INSS.