Correios: Plano para reverter crise é aprovado e estatal anuncia empréstimo de R$ 20 bilhões

Em setembro, a estatal reportou um prejuízo de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre de 2025.

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Publicado em 21/11/2025 às 13:06h - Atualizado Agora Publicado em 21/11/2025 às 13:06h Atualizado Agora por Elanny Vlaxio
A reestruturação contempla três fases (Imagem: Shutterstock)
A reestruturação contempla três fases (Imagem: Shutterstock)
💸 Os Correios informaram nesta quinta-feira (21) que aprovaram, na quarta-feira (19), o Plano de Reestruturação que deverá garantir a sustentabilidade financeira da estatal e permitir o retorno ao lucro em 2027. Para viabilizar as ações previstas, a companhia espera concluir até o final de novembro um empréstimo de R$ 20 bilhões com um consórcio de bancos. 
A reestruturação contempla três fases: recuperação financeira, consolidação e crescimento, e abrange iniciativas como Programa de Demissão Voluntária, revisão do plano de saúde, adimplência plena com fornecedores e modernização operacional e tecnológica. O plano também engloba a monetização de ativos e a venda de imóveis que podem gerar R$ 1,5 bilhão.

O que está acontecendo com a estatal?

Em setembro, a estatal reportou um prejuízo de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre de 2025, mais que o triplo do resultado negativo de R$ 1,3 bilhão registrado no mesmo período de 2024. Em 2024, a empresa precisou usar R$ 2,9 bilhões do caixa e de aplicações financeiras.
🤑 Na antiga gestão, a empresa contratou um empréstimo de R$ 1,8 bilhão para cobrir o déficit do fluxo de caixa operacional. Com isso, a falta de liquidez levou a atrasos em pagamentos e repasses. Desde abril, transportadoras parceiras reduziram operações ou pararam completamente. 
Além disso, os Correios atrasaram repasses às agências conveniadas e ao plano de saúde dos funcionários. Com isso, a empresa anunciou a primeira fase do plano de reestruturação operacional e financeira que contém três grupos de medidas:
  • Corte de despesas operacionais e administrativas;
  • Busca pela diversificação de receitas, com recuperação da capacidade de geração de caixa;
  • Recuperação da liquidez da empresa, de modo a retomar sua competitividade e a garantir estabilidade na relação dos Correios com empregadas e empregados, clientes e fornecedores.