CEO da Caixa Asset acusado de abuso de poder é demitido por Conselho

O CEO da Caixa Asset, Pablo Sarmento, foi destituído de suas funções após a instauração de um processo administrativo disciplinar para apurar denúncias de abuso de poder, assédio moral e conduta inadequada no ambiente de trabalho, tais como desleixo, negligência e descaso.

🗣️ O comunicado foi feito pela Caixa Asset na última sexta-feira (1º). Em nota oficial, a empresa informou que a decisão foi tomada pelo Conselho de Administração, que exerceu seu poder de livre demissão.

A empresa informou ainda que, enquanto o processo seletivo para um novo diretor-presidente estiver em andamento, o diretor de distribuição e produto, Heitor Souza Cunha, assumirá interinamente a presidência da instituição. É importante ressaltar que a Caixa Asset foi criada em 2021, durante a gestão de Pedro Guimarães na presidência da Caixa Econômica Federal, no governo Jair Bolsonaro.

30 denúncias

A Caixa Asset foi alvo de 30 denúncias durante o período em que negociava a aquisição de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master. As acusações, que envolvem diversas irregularidades, foram registradas no canal interno da instituição, permitindo que os funcionários denunciassem de forma anônima, garantindo assim sua segurança.

👨 A maior parte das denúncias apresentadas no canal interno da Caixa Asset direciona as acusações diretamente ao ex-diretor-presidente Pablo Sarmento, em decorrência de sua conduta durante as negociações com o Banco Master. A quantidade de denúncias relacionadas aos mesmos fatos é considerada elevada e atípica para os padrões internos da instituição.

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Em um parecer interno sigiloso de 19 páginas, a área de renda fixa da Caixa Asset emitiu um parecer contundente contra a aquisição dos títulos do Banco Master. A operação foi considerada atípica e de alto risco, devido ao valor elevado da transação e ao rating de crédito do Banco Master, classificado como médio, segundo informações do jornal "O Globo".

🏦 A destituição de dois gerentes que se posicionaram contra a aquisição de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master gerou controvérsia, sendo interpretada por alguns como uma retaliação. A operação, que não foi concretizada, havia sido alvo de críticas internas devido a seus riscos e características consideradas atípicas.