Carteira Antifrágil: a estratégia que cresce em meio ao caos ganha força entre investidores brasileiros

Saiba como fica adaptada ao Brasil a fórmula usada por grandes investidores, que pode calhar bem em 2025

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Publicado em 22/04/2025 às 16:47h - Atualizado Agora Publicado em 22/04/2025 às 16:47h Atualizado Agora por Lucas Simões
Alguns investimentos no Brasil podem integrar uma Carteira Antifrágil (Imagem: Shutterstock)
Alguns investimentos no Brasil podem integrar uma Carteira Antifrágil (Imagem: Shutterstock)

🔒 Em tempos de incerteza, quando o mercado parece mais uma montanha-russa do que um caminho linear de crescimento (como parece ser o caso em 2025 devido à escalada da guerra comercial), um conceito ressurge como alternativa inteligente para quem quer proteger — e até potencializar — seu patrimônio: a Carteira Antifrágil.

O nome pode soar novo por aqui no Brasil, mas a ideia não é. Lá fora, ela é conhecida como All-Weather Portfolio, criada pelo bilionário Ray Dalio, fundador da gigante Bridgewater Associates. Por aqui, a chamamos de Carteira Antifrágil para facilitar o entendimento — afinal, o objetivo é justamente esse: montar uma carteira que não apenas resista a choques econômicos, mas que se beneficie das crises.

Uma carteira para todas as estações da economia

A base da estratégia parte de um princípio simples: a economia vive ciclos. Ora cresce, ora retrai. Às vezes, a inflação dispara, em outros momentos ela despenca. Tentar prever o próximo movimento do mercado é quase impossível — por isso, essa carteira foi desenhada para funcionar em qualquer cenário, equilibrando os riscos de forma estratégica.

🎯 Os quatro ambientes considerados na estratégia são:

  • Crescimento econômico (ações tendem a se valorizar)
  • Crescimento com inflação (commodities e ouro se destacam)
  • Recessão (títulos públicos se tornam mais atraentes)
  • Recessão com inflação alta (um dos cenários mais desafiadores, mas possível de se proteger com ativos reais)

A distribuição clássica da All-Weather nos Estados Unidos segue este modelo:

  • 40% em títulos de renda fixa de longo prazo
  • 15% em títulos de renda fixa de médio prazo
  • 30% em ações americanas (stocks)
  • 7,5% em ouro
  • 7,5% em commodities

➡️ Leia mais: Investir em ações nos EUA descontadas por guerra comercial é oportunidade para buy and hold?

Como aplicar a ideia no Brasil?

Embora a carteira original tenha sido pensada com ativos americanos, a lógica pode ser perfeitamente adaptada ao investidor brasileiro. Veja algumas alternativas:

🍳 A ideia é não concentrar todos os ovos na mesma cesta, mas distribuí-los entre investimentos que performam bem em cenários distintos — reduzindo o impacto de crises e aumentando a consistência dos resultados no longo prazo.

Por que “antifrágil”?

O termo vem do autor Nassim Taleb, que define como “antifrágil” tudo aquilo que não apenas resiste ao caos, mas que melhora com ele. Essa é exatamente a proposta dessa carteira: não fugir das crises, mas crescer com elas.

Para quem busca um investimento mais racional, menos emocional e mais alinhado com o longo prazo, a Carteira Antifrágil pode ser uma estratégia valiosa — principalmente em tempos em que o inesperado se tornou rotina.

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