Brava (BRAV3) precisa provar fluxo de caixa para destravar dividendos, diz BTG
O banco revisou o preço-alvo da ação de R$ 32 para R$ 28, mantendo, contudo, a recomendação de compra.

🚨 A Brava Energia (BRAV3), empresa criada a partir da fusão entre a 3R Petroleum e a Enauta em 2024, segue no radar dos investidores, mas ainda enfrenta desafios importantes para garantir valorização consistente e abertura de espaço para distribuição de dividendos.
É o que aponta um novo relatório do BTG Pactual (BPAC11), que revisou o preço-alvo da ação de R$ 32 para R$ 28, mantendo, contudo, a recomendação de compra.
Segundo os analistas liderados por Luiz Carvalho, o foco central da tese de investimento em Brava está em sua capacidade de gerar fluxo de caixa operacional de forma recorrente.
Essa geração será determinante para a recuperação do balanço, redução da alavancagem e eventual retomada ou ampliação da política de dividendos.
Com o processo de integração pós-fusão praticamente concluído, a empresa entra em uma fase de maior previsibilidade operacional.
A expectativa do banco é que a Brava consiga extrair valor de sua base de ativos já consolidada, criando um ambiente mais favorável para desalavancagem financeira e, posteriormente, para a reprecificação da ação no mercado.
Pressão no caixa persiste com investimentos e custos financeiros
Apesar das boas perspectivas, o cenário de curto prazo ainda exige cautela, segundo o BTG.
Os analistas alertam que o fluxo de caixa da companhia deverá permanecer pressionado ao menos até 2026, em razão de um capex elevado e de custos financeiros significativos.
A expectativa do banco é que a Brava realize investimentos (capex) de cerca de US$ 450 milhões em 2025 e US$ 500 milhões em 2026, impactando diretamente a geração de caixa.
Além disso, a recente revisão da curva de preços do petróleo — agora estimada em US$ 65 por barril, ante US$ 70 anteriormente — reduz o potencial de receita para o setor de energia.
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Mercado aguarda “prova de entrega” antes de reprecificar
O BTG projeta um Ebitda ajustado de US$ 900 milhões em 2025 e US$ 1 bilhão em 2026, números que confirmam a robustez operacional da empresa.
No entanto, a alavancagem ainda elevada (dívida líquida sobre Ebitda) deve manter investidores em postura conservadora.
"Em um ambiente macroeconômico em que o capital está mais seletivo, especialmente para empresas de produção de energia, o mercado tende a adotar uma postura de ‘ver para crer’ antes de reprecificar ativos como a Brava", destaca o relatório.
O que esperar da BRAV3 nos próximos trimestres?
O desempenho da ação da Brava Energia nos próximos trimestres estará diretamente ligado à entrega operacional consistente, à redução de endividamento e à capacidade de gerar caixa mesmo com o Brent pressionado.
📊 Se conseguir cumprir esses objetivos, a empresa poderá não só retomar a valorização no mercado como também reabrir caminho para dividendos mais atrativos no médio prazo.

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