Bradesco BBI e XP alteram recomendação para Azul (AZUL4), veja o que muda
O Bradesco já havia cortado a recomendação de compra para neutra no início da semana.
💰 O Bradesco BBI e a XP Investimentos mudaram suas recomendações para a companhia aérea Azul (AZUL4) nesta quinta-feira (29) após a empresa pedir recuperação judicial nos Estados Unidos. O Bradesco já havia cortado a recomendação de compra para neutra no início da semana, o que muda é que agora o BBI rebaixou para venda, ajustando o preço-alvo de R$ 0,50, antes R$ 1,30.
Segundo os analistas, o pedido de recuperação judicial pode ter um impacto positivo no endividamento e na liquidez da Azul, mas com uma grande diluição. Eles já esperavam pela necessidade de reestruturação devido ao atraso no financiamento com garantia do governo e a fraqueza da posição de caixa.
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💵 “A Azul espera eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas, em grande parte por meio da conversão em ações – e, com base em casos recentes no setor, essa conversão de dívida poderia ocorrer a preços abaixo do mercado, o que diluiria os acionistas atuais”, avaliaram.
Na outra ponta, a XP Investimentos colocou a recomendação para ação da Azul sob revisão. Segundo a casa, a operação terá impactos financeiros significativos, incluindo um financiamento DIP de US$ 1,6 bilhão, com US$ 670 milhões para reforço de liquidez e refinanciamento, e a eliminação de aproximadamente US$ 2 bilhões em dívida.
O que se sabe sobre a recuperação judicial
A Azul comunicou que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos na última quarta-feira (28). A companhia disse que o processo de recuperação "permite às empresas operar e atender seus públicos de interesse normalmente, enquanto trabalham nos bastidores para ajustar sua estrutura financeira".
✈️ Agora a empresa conta com um processo que inclui US$ 1,6 bilhão em financiamento, a eliminação de mais de US$ 2 bilhões em dívidas e US$ 950 milhões em novos aportes de capital. Além disso, a medida tem ainda o apoio de stakeholders importantes, como detentores de títulos, a AerCap e as parceiras estratégicas United Airlines e American Airlines.
O CEO da empresa, John Rodgerson, afirmou que as dificuldades financeiras da empresa são atribuídas à pandemia de Covid-19, e às turbulências macroeconômicas. Vale citar que, em nota, o Ministério dos Portos e Aeroportos disse que "acompanha com atenção o processo de recuperação judicial da companhia aérea Azul".
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