Bitcoin é o melhor investimento de 2023, com alta de 134,7%

O Ibovespa superou o CDI, mas ficou fora do pódio, atrás de Bitcoin, IDIV e BDRX

Publicado em 29/12/2023 às 10:26h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 29/12/2023 às 10:26h Atualizado 2 meses atrás por Marina Barbosa

Bitcoin, o principal representante do mercado cripto (Shutterstock)

O Ibovespa superou as expectativas e terminou 2023 com uma alta superior a 22%, no patamar recorde dos 134 mil pontos. Ainda assim, não foi o melhor investimento do ano. É que o Bitcoin (BTC) disparou 134,7% em 2023 e terminou o ano acima dos US$ 42.000.

📈 O Bitcoin começou o ano cotado a US$ 16.618, depois de cair mais de 66% em 2022. Contudo, recuperou-se ao longo do ano e chegou a passar dos US$ 44.000 em 20 de dezembro. Apesar de um recuo nos últimos dias, terminou o pregão de quinta-feira (28) cotado a US$ 42.581, com uma alta acumulada de 134,7% no ano.

A recuperação do Bitcoin, depois do chamado longo inverno cripto, reflete o cenário macroeconômico e a perspectiva de avanços regulatórios das criptomoedas. De um lado, a perspectiva de queda dos juros aumenta a procura por ativos de risco, como o Bitcoin. Do outro lado, investidores estão na expectativa de que os Estados Unidos aprovem a criação de ETFs (fundos de índice) de Bitcoin à vista.

🪙 Os investidores também estão atentos ao processo que reduz a emissão de Bitcoins a cada quatro anos para conter a alta de preços do ativo. O movimento, chamado de halving, está programado para abril de 2024. Por isso, a expectativa é de que a criptomoeda continue em alta no início de 2024.

"O Bitcoin foi o grande protagonista, apresentando uma valorização expressiva de 134,70% até o dia 28 de dezembro. Sua performance robusta consolidou a criptomoeda como um ativo de destaque no cenário financeiro", comentou o consultor Einar Riveiro, da Elos Ayta Consultoria, que elaborou o ranking dos investimentos de 2023.

Ranking dos melhores investimentos de 2023

Além do Bitcoin, figuram no pódio das melhores aplicações do ano os índices de dividendos e de BDRs (Brazilian Depositary Receipt) não patrocinados da B3, isto é, o IDIV e o BDRX, respectivamente.

Segundo Einar Riveiro, o IDIV teve o melhor desempenho desde 2019, porque "o interesse por ativos geradores de dividendos mostrou-se forte durante o ano". Já o BDRX reverteu a queda de 28% registrada em 2022.

📊 O Ibovespa ficou, então, no quarto lugar do ranking. Veja o desempenho dos principais ativos brasileiros em 2023, segundo a Elos Ayta Consultoria:

Bitcoin: 134,7%;
IDIV: 26,84%;
BDRX: 26,33%;
Ibovespa: 22,28%;
Small caps: 17,12%;
IFIX: 15,50%;
Ima Geral: 14,68%;
CDI: 12,94%;
IHFA: 8,94%;
Poupança: 8,21%;
Euro: -3,43%;
Ouro: -5,96%;
Dólar: -7,21%.

A lanterna do ranking de investimentos ficou com o dólar, porque a moeda norte-americana recuou 8,20% em 2023. O dólar começou o ano negociado a R$ 5,36, mas terminou a quinta-feira (28), último dia de pregão da B3 em 2023, cotado a R$ 4,85.