BIS faz alerta sobre stablecoins, como a Tether (USDT)

O "Banco Central dos Bancos Centrais" levantou questões sobre a segurança das stablecoins.

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Publicado em 24/06/2025 às 14:46h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 24/06/2025 às 14:46h Atualizado 2 minutos atrás por Marina Barbosa
Atrelada ao dólar, Tether é a maior stablecoin do mercado (Imagem: Shutterstock)
Atrelada ao dólar, Tether é a maior stablecoin do mercado (Imagem: Shutterstock)

Conhecido como "o Banco Central dos Bancos Centrais", o BIS (Banco de Compensações Internacionais) fez um alerta sobre o uso de stablecoins, como Thether (USDT) e USDC (USDC).

🪙 Stablecoins são moedas digitais vinculadas a um ativo real, como o dólar. Por isso, prometem mais estabilidade para os investidores e têm sido cada vez mais usadas como um instrumento de pagamento internacional, sobretudo em mercados emergentes, segundo o BIS.

Em relatório publicado nesta terça-feira (24), o BIS disse, no entanto, que a stablecoins ainda apresentam um "desempenho insatisfatório" em requisitos fundamentais de uma moeda, como a segurança.

O BIS alega que, como podem ser mantidas de forma anônima, "as stablecoins têm sido a escolha preferencial para uso ilícito, visando contornar salvaguardas de integridade".

A avaliação do BIS é de que esta característica das criptomoedas "pode preservar a privacidade, mas também facilita o uso ilegal". Por isso, levanta "preocupações sobre seu uso para crimes financeiros, como lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo".

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Uso crescente

Dados do BIS indicam que o uso de stablecoins em transações internacionais bateu recorde no primeiro trimestre de 2024, puxado sobretudo pelas transações realizadas com Tether e USDC.

📈 Na avaliação do BIS, o uso crescente dessas moedas digitais pode ser explicado por fatores como "acessibilidade, privacidade, seu papel como alternativa ao sistema financeiro atual, sua capacidade de facilitar o acesso a moedas estrangeiras e sua atratividade em pagamentos internacionais".

Além disso, o banco observou que o volume de transações internacionais tende a aumentar após episódios de alta inflação e volatilidade cambial nos países emissores e receptores das stablecoins.

Por isso, também ainda apontou para o risco de perda de soberania monetária e fuga de capital, especialmente em economias de mercados emergentes e em desenvolvimento.

O BIS defende, então, que os Bancos Centrais avancem na criação de versões digitais das suas moedas para fazer frente a essa demanda crescente de pagamentos digitais, garantindo a segurança dessas transações.

O Brasil é um dos países que vem avançando nesse sentido. Batizado de Drex, o real digital está em fase de testes pelo BC (Banco Central), que promete lançar o ativo ainda em 2025.

As maiores stablecoins

De acordo com o BIS, mais de 99% das stablecoins são lastreadas no dólar e essas são as cinco stablecoins mais transacionadas no mundo:

Vale lembrar, contudo, que também já existe uma stablecoin para o real brasileiro: a BRZ.

Regulação

O alerta do BIS vem pouco depois da aprovação no Senado Federal dos Estados Unidos de um projeto de lei que regulamenta as stablecoins, o Genius Act.

No Brasil, o Banco Central e o Congresso Nacional também tentam avançar no assunto. Afinal, dados da Receita Federal indicam que as stablecoins já são as criptomoedas que mais movimentam dinheiro no país.

USDT

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