Azul protocola novo follow-on com expectativa de atrair R$ 4 bi em investimentos
Oferta de ações deve acontecer em 23 de abril.

Como parte do processo de reestruturação financeira, a Azul (AZUL4) protocolou um pedido de emissão de novas ações na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A companhia aérea quer levantar R$ 4,1 bilhões em investimentos por meio da operação.
✈ Segundo o documento, o follow deve ser definido no próximo dia 23 de abril, com a oferta de 450 milhões de ações. A empresa, no entanto, deixa claro que pode aumentar o número de papéis dependendo da demanda, alcançando a máxima de 697 milhões de ações.
O preço fixado para a oferta será de R$ 3,58, acima dos R$ 3,10 visto na abertura do mercado desta segunda-feira (14). Com isso, os investimentos totais devem ficar na faixa entre R$ 1,6 bi e R$ 4,1 bilhões, ainda de acordo com a empresa.
Os investidores atuais da companhia terão uma vantagem ao aumentar seu portfólio de ações da Azul. A empresa garante que, para cada ação comprada, um bônus adicional de subscrição deve ser concedido.
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O valor captado será usado para reforçar o caixa da companhia, mas também para arcar com despesas obrigatórias. A reunião de ata do conselho, quando a emissão foi aprovada, fala em equitação de algumas notas de cupom que têm vencimento agendado para 2029. O negócio está sendo conduzido pelos bancos UBS, BTG Pactual e Citi.
Com o anúncio da emissão, as ações da Azul dispararam no pregão, conforme dados da bolsa de valores. Por volta das 11h, os papeis eram negociados em R$ 3,25, com alta de 8% desde o começo da manhã.
Reestruturação
Assim como outras aéreas brasileiras, a Azul vem passando por um longo processo de reestruturação na tentativa de colocar as contas em dia. A companhia que fortalecer sua estrutura de capital, aumentar a liquidez e ainda liquidar parte das dívidas que mantém com seus credores.
Recentemente, a Genial Investimentos reiterou sua recomendação de manutenção dos papéis da Azul na carteira, projetando um preço-alvo de R$ 9. A corretora destacou o bom desempenho operacional da empresa no último trimestre do ano passado, mas pontuou que 2025 pode ainda não ser um ano muito favorável para a marca.
“A oferta marca mais um passo da reestruturação financeira da Azul, mas carrega riscos relevantes para os acionistas minoritários. Considerando todas as etapas — como conversão de dívida em equity dos lessores, conversão de debêntures, compensação ao gerenciamento e unificação das ações ON e PN — a diluição pode ultrapassar 80%”, dizem os analistas.

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