Azul (AZUL4) garante aporte bilionário com novos investidores nos EUA; entenda
O valor comprometido — equivalente a cerca de R$ 3,5 bilhões na cotação atual — representa uma possível injeção de capital relevante.

💰 A Azul Linhas Aéreas (AZUL4) anunciou ter firmado um acordo com investidores estratégicos que pode resultar em um aporte de até US$ 650 milhões como parte de um futuro processo de capitalização.
A medida representa um novo capítulo no esforço da companhia aérea para reforçar sua estrutura financeira, em meio ao processo de recuperação judicial conduzido nos Estados Unidos.
O compromisso, formalizado por meio de um “contrato de compromisso de apoio”, ainda depende da aprovação do tribunal norte-americano responsável pela supervisão do processo de reestruturação judicial da empresa, conforme destacou a companhia em comunicado divulgado na noite da última sexta-feira (1º).
Investimento pode destravar nova fase para a Azul
O valor comprometido — equivalente a cerca de R$ 3,5 bilhões na cotação atual — representa uma possível injeção de capital relevante, caso o plano seja aprovado.
O aporte viria de stakeholders já envolvidos nas operações da Azul, o que inclui credores e investidores institucionais que participam das negociações da dívida da companhia.
O plano reforça a tentativa da Azul de reorganizar sua estrutura de capital, uma vez que a empresa ainda lida com passivos herdados do período da pandemia, quando o setor aéreo global foi duramente impactado por restrições de mobilidade e queda na demanda.
Segundo o comunicado, o investimento será realizado em uma etapa futura, integrada ao plano mais amplo de capitalização da companhia, que deverá ser apresentado e avaliado nos próximos meses pelo tribunal de falências dos Estados Unidos, conforme rege o Capítulo 11 da legislação americana.
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Reestruturação judicial nos EUA
A Azul ingressou com pedido de recuperação judicial nos EUA em maio de 2024, após meses de tratativas com credores para reestruturar dívidas acumuladas.
A estratégia de recorrer à justiça americana é comum entre empresas com ativos ou dívidas denominadas em dólar, já que o Capítulo 11 da lei de falências dos EUA oferece mais flexibilidade para negociações internacionais.
A entrada formal no processo foi vista como uma forma de garantir estabilidade durante as negociações e preservar a continuidade das operações da empresa.
💲 A Azul também já havia realizado acordos de reperfilamento de dívidas com arrendadores de aeronaves e fornecedores, além de realizar ajustes operacionais no mercado doméstico.

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