Azul (AZUL4) fala sobre recuperação: "Notícia mal-interpretada"
Companhia disse que está em negociação com os stakeholders e "favorece soluções amigáveis e comerciais".
Em queda livre na B3, a Azul (AZUL4) se pronunciou na tarde desta quinta-feira (29) sobre uma eventual recuperação judicial. A companhia disse que esta foi uma "notícia mal-interpretada" e que prioriza "soluções amigáveis e comerciais".
🗣️ Em comunicado, a Azul disse queestá em "negociações ativas com seus principais stakeholders para otimizar a estrutura de equity". E acrescentou que, "em linhas gerais, os stakeholders estão demonstrando apoio e as negociações estão avançando na direção de melhores resultados para todas as partes".
"Como temos demonstrado consistentemente, a Azul sempre favorece soluções amigáveis e comerciais que maximizam valor para todos os seus stakeholders", declarou, indicando que essas negociações fazem parte de "um novo plano estratégico, visando uma melhoria geral de sua estrutura de capital e posição de liquidez".
Em entrevista à "Reuters", o presidente da Azul, John Rodgerson, acrescentou que a recuperação judicial não é o plano da empresa, nem dos seus parceiros. "Não temos uma empresa aérea quebrada. Temos uma empresa aérea super saudável, que vai negociar com seus parceiros", afirmou.
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Além disso, a Azul afirmou que "outras fontes de liquidez também estão disponíveis". A companhia disse, por exemplo, ter capacidade de captar até US$ 800 milhões por meio da Azul Cargo, como garantia primária. E lembrou que o Congresso Nacional aprovou na quarta-feira (28) um projeto de lei que permite que as companhias aéreas tenham acesso a linhas de crédito apoiadas pelo FNAC (Fundo Nacional de Aviação Civil).
✈️ Por fim, a Azul ressaltou que segue explorando "possíveis parcerias ou combinações de negócios" com a Gol (GOLL4), que já pediu recuperação judicial nos Estados Unidos.
A possibilidade de uma recuperação judicial veio à tona depois de a "Bloomberg" publicar que a Azul estaria avaliando uma oferta de ações, a emissão de novas dívidas ou até um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.
As ações da Azul caem mais de 20% na B3 nesta quarta-feira (29), na esteira da reportagem da "Bloomberg", a qual a companhia classificou como uma "notícia mal-interpretada".
O que afetou as operações da Azul?
No comunicado desta quarta-feira (29), a Azul disse que essas negociações são necessárias porque suas operações foram "severamente impactadas em 2024" por diversos fatores. Entre eles, a companhia citou:
- desvalorização do real brasileiro;
- redução da capacidade doméstica como resultado das enchentes no Rio Grande do Sul em maio
- e o fechamento do Aeroporto de Porto Alegre, com reabertura parcial prevista para outubro de 2024;
- redução temporária da capacidade internacional no primeiro semestre do ano;
- atrasos nas entregas de novas aeronaves pelos fabricantes.
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