Americanas (AMER3) tem prejuízo de R$ 4,6 bilhões nos 9 primeiros meses de 2023

A Americanas (AMER3) registrou o prejuízo de R$ 4,61 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, o resultado é 23,5% menor em comparação ao mesmo período do ano anterior, com uma perda de R$ 6,02 bilhões. 

📊 "O ano de 2023 foi, sem dúvida, o mais desafiador da história da Americanas, não só pela magnitude da fraude revelada, mas pela necessidade de reconstrução que se apresentou", afirmou a administração da empresa no balanço. 

O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (26), após dois adiamentos da empresa e revisão dos números do balanço, em janeiro de 2023, após a empresa afirmar "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões em seus resultados financeiros. 

Receita e Ebtida

A receita líquida da companhia foi de R$ 10,293 bilhões em 2023, com uma queda de 45,1% em relação ao ano anterior. Por outro lado, a dívida líquida somou R$ 33,4 bilhões no final do terceiro trimestre de 2023, com uma alta de 10,6% em um ano. 

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Já o Ebtida (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização), ficou em negativo de R$ 1,5 bilhões no mesmo período, uma queda de 21,3%.

E-commerce e despesas financeiras

No GMV (Gross Merchandise Volume), ou seja, o valor total de mercadorias vendidas em um e-commerce, ficou aproximadamente em R$ 16 bilhões nos nove primeiros meses do ano anterior, uma baixa de 51,1% em um ano. 

"No digital, onde se concentram as vendas de tickets mais altos, houve um abalo de confiança. Os clientes tinham preocupação em relação às entregas dos produtos e os vendedores ficaram temerosos de não receber os repasses pelas vendas realizadas", disse a nota da Americanas. 

Na outra ponta, as despesas financeiras tiveram queda de 45,7% nos nove primeiros meses de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022, totalizando R$ 2,186 bilhões. 

Recuperação Judicial

📉 Os resultados financeiros chegam em meio ao plano de recuperação judicial da Americanas com uma dívida no valor de R$ 43 bilhões. Em janeiro de 2023, a empresa entrou com o pedido na 4ª Vara Empresarial no Rio de Janeiro e, em dezembro do mesmo ano, a solicitação foi aprovada. 

O caso iniciou após a divulgação de inconsistências contábeis da companhia, logo depois, o presidente da Americanas, Sergio Rial, deixou o comando da empresa, desencadeando a queda da varejista.