Ações dos EUA estão mais “salgadas” que no auge da bolha da internet, diz WSJ
Segundo levantamento divulgado pelo Wall Street Journal, o índice negocia a 3,23 vezes as vendas das companhias que o compõem, recorde histórico.
🚨 O S&P 500, principal índice da Bolsa de Nova York, atingiu níveis de valorização inéditos em 2025, tornando as ações norte-americanas mais caras do que na época da bolha da internet, no início dos anos dois mil.
Segundo levantamento divulgado pelo Wall Street Journal, o índice negocia a 3,23 vezes as vendas das companhias que o compõem, recorde histórico.
Já o múltiplo preço sobre lucro (P/L) projetado para os próximos doze meses está em 22,5 vezes, acima da média de 16,8 vezes desde o ano 2000.
Concentração em poucas empresas
A escalada recente do mercado tem sido puxada principalmente pelas grandes companhias de tecnologia.
Apenas as dez maiores empresas do S&P 500 responderam por 39,5% do valor total do índice em julho de 2025, também o maior patamar da história.
Entre elas estão nomes como Nvidia (NVDC34) e Microsoft (MSFT34), que seguem com forte crescimento em vendas e lucros. Hoje, nove dessas gigantes valem mais de US$ 1 trilhão cada.
Especialistas alertam que essa concentração pode deixar o mercado mais vulnerável. Em abril, quando o então presidente Donald Trump (Partido Republicano) anunciou planos de novas tarifas comerciais, o recuo das chamadas “Magnificent Seven” (as sete maiores empresas de tecnologia) foi maior do que o do próprio S&P 500.
De acordo com Steve Sosnick, estrategista-chefe da Interactive Brokers, a combinação de valuations elevados e negociações muito concentradas aumenta o risco de uma correção prolongada caso o otimismo perca força.
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Nem tudo está caro
Apesar do movimento das gigantes, o estudo mostra que a média das demais empresas do S&P 500 ainda não apresenta preços tão esticados.
Se cada companhia tivesse o mesmo peso na composição do índice, o múltiplo preço sobre vendas seria de 1,76 vezes, pouco acima da média histórica de 1,43.
📈 Para Mark Giambrone, gestor da Barrow Hanley Global Investors, ainda existem oportunidades em negócios fora do núcleo das big techs, especialmente em setores que podem se beneficiar do uso de inteligência artificial (IA) sem, no entanto, estarem inflados pelas expectativas atuais do mercado.
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