‘7 Magnificas’ recuperam US$ 1,8 tri em um dia, mas perdem US$ 275 bi na semana

A pausa tarifária anunciada por Trump foi o gatilho para uma reviravolta nas bolsas dos Estados Unidos, que vinham de uma sequência negativa.

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Publicado em 10/04/2025 às 21:11h - Atualizado 3 dias atrás Publicado em 10/04/2025 às 21:11h Atualizado 3 dias atrás por Matheus Silva
O saldo dos últimos cinco dias ainda é negativo: as perdas totais chegam a US$ 275 bilhões (Imagem: Shutterstock)
O saldo dos últimos cinco dias ainda é negativo: as perdas totais chegam a US$ 275 bilhões (Imagem: Shutterstock)

🚨 O mercado norte-americano viveu uma quarta-feira histórica, com as ações das maiores empresas de tecnologia registrando um salto extraordinário após o anúncio do presidente Donald Trump de que suspenderia tarifas comerciais por 90 dias para todos os países, com exceção da China.

A decisão foi o gatilho para uma reviravolta nas bolsas dos Estados Unidos, que vinham de uma sequência negativa. Apenas neste pregão, o valor de mercado das empresas listadas em Wall Street subiu US$ 4,79 trilhões, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta.

Desse total, as chamadas “Seven Magnificents” — grupo formado por Apple (AAPL34), Microsoft (MSFT34), Nvidia (NVDC34), Amazon (AMZO34), Alphabet (GOGL34), Meta (M1TA34) e Tesla (TSLA34) — responderam por US$ 1,85 trilhão em recuperação de valor de mercado.

Mesmo assim, o saldo dos últimos cinco dias ainda é negativo: essas sete empresas perderam, no total, US$ 275 bilhões no período.

No mesmo intervalo, as demais companhias listadas nos EUA acumularam perdas superiores a US$ 2 trilhões, o que mostra que o alívio da quarta-feira, embora expressivo, não foi suficiente para apagar a pressão recente sobre os mercados.

Apple, Nvidia e Tesla lideram a recuperação

Entre os destaques, a Apple teve a maior valorização percentual em quase três décadas: +15,33% no dia, o que representou US$ 397 bilhões a mais em valor de mercado.

Ainda assim, a empresa segue com queda acumulada de US$ 376 bilhões nos últimos cinco pregões e já perdeu US$ 468 bilhões desde a posse de Trump em janeiro.

A Nvidia, protagonista da atual onda de investimentos em inteligência artificial, também brilhou: +19% em um único dia, representando US$ 440 bilhões de valorização.

A empresa foi a única do grupo que fechou a semana no campo positivo, com US$ 96 bilhões de ganho líquido.

Já a Tesla liderou entre as variações percentuais: +22,6%, em uma forte recuperação após dias de pressão intensa.

O movimento também foi impulsionado por declarações polêmicas do CEO Elon Musk, que criticou duramente Peter Navarro, ex-assessor de Trump, em meio ao embate sobre as novas políticas tarifárias.

Meta, Amazon, Microsoft e Alphabet também sobem com força

As demais integrantes do grupo das “Sete Magníficas” também tiveram desempenho robusto:

  • Meta: +14,8%
  • Amazon: +12%
  • Microsoft: +10,1%
  • Alphabet (Google): +9,6%

O avanço foi generalizado e sinalizou o forte apetite dos investidores por grandes nomes da tecnologia, diante da expectativa de menor pressão tarifária no curto prazo e possível flexibilização nas relações comerciais.

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Reações no varejo e no setor farmacêutico

Além das big techs, outros setores também se beneficiaram do alívio nos mercados. As ações do Walmart subiram 9,6%, após a empresa reafirmar suas projeções de crescimento e destacar que segue confiante nas metas para o ano fiscal de 2026, mesmo diante de uma demanda mais volátil nas últimas semanas.

A companhia mencionou que as tarifas anunciadas por Trump foram consideradas nas revisões internas.

No setor farmacêutico, Pfizer, Johnson & Johnson (JNJB34), Merck, Bristol Myers Squibb e AbbVie registraram avanços, mesmo diante da sinalização do presidente norte-americano de que pretende anunciar em breve uma nova tarifa sobre medicamentos importados.

A proposta, segundo ele, visa estimular a produção nacional de insumos e produtos da área de saúde.

📈 Apesar do forte alívio observado no pregão de quarta-feira, analistas seguem cautelosos. O mercado continua atento às possíveis retaliações da China, que já respondeu com elevação de tarifas sobre produtos americanos, além de possíveis reações da União Europeia.

NVDC34

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