47% das empresas lucraram mais do que o esperado no 2º tri, avalia XP

Para a XP, 44% das companhias também surpreenderam em termos de receita e 38% em Ebitda.

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Publicado em 18/08/2024 às 09:52h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 18/08/2024 às 09:52h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
XP avaliou resultados de quase 150 empresas (Shutterstock)
XP avaliou resultados de quase 150 empresas (Shutterstock)

A temporada de balanços do segundo trimestre de 2024 está quase concluída. E a avaliação da XP é de que quase metade das empresas listadas na B3 entregou resultados melhores do que o esperado, sobretudo em termos de lucro e receita.

📊 Depois de analisar o desempenho de aproximadamente 150 empresas brasileiras, a XP avalia que 47% dessas companhias apresentaram um lucro líquido acima do previsto no segundo trimestre. Outras 18% entregaram um resultado em linha com o esperado e 35% lucraram menos do que o projetado pela corretora.

Em termos setoriais, o destaque foi do agronegócio, pois 67% das empresas do setor bateram as projeções da XP para o lucro líquido do segundo trimestre. Mas as elétricas, as varejistas e as construtoras também surpreenderam os analistas da XP, com 60% das empresas lucrando mais do que o previsto.

A XP destacou, por exemplo, o desempenho de Engie (EGIE3), Guararapes (GUAR3) e Even (EVEN3). Além disso, apontou que a 3Tentos (TTEN3) teve um lucro superior ao esperado, mesmo que por efeitos não-caixa.

💲 Por outro lado, 100% das empresas de papel e celulose apresentaram resultados menores do que o previsto no segundo trimestre, na avaliação da XP. A maior parte das empresas de educação, telecomunicações, mídia e tecnologia também desapontou.

Veja quanto das empresas lucraram mais do que o previsto pela XP no 2º trimestre, por setor:

Veja quanto das empresas lucraram mais do que o previsto pela XP no 2º trimestre, por setor:

  • Agro: 67%;
  • Elétricas: 60%;
  • Varejo: 60%;
  • Construtoras: 58%;
  • Alimentos e bebidas: 57%;
  • Bens de capital: 50%;
  • Instituições financeiras: 50%;
  • Saneamento: 50%;
  • Mineração e siderurgia: 43%;
  • Petróleo e gás: 43%;
  • Transportes: 42%;
  • Saúde: 40%;
  • Imobiliário e shoppings: 40%;
  • Bancos: 38%;
  • Educação: 33%;
  • Telecom, mídia e tecnologia: 25%;
  • Papel e celulose: 0%;
  • Total: 47%.

Receita

em termos de receita, 44% das empresas bateram as expectativas da XP. Outras 43% ficaram em linha com o esperado e 14% abaixo.

Neste caso, o destaque positivo é do setor de alimentos e bebidas, sobretudo dos frigoríficos. BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3) e JBS (JBS3), por exemplo, foram favorecidas pela alta do dólar e pela recuperação dos preços, mas também pelo aumento das vendas no segundo trimestre. Por isso, apresentaram um trimestre sólido, na avaliação da XP.

As empresas de saneamento (75%) e as elétricas (70%) também surpreenderam a XP. Já 67% das empresas do agronegócio tiveram um desempenho abaixo do previsto em termos de receita.

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Ebitda

A surpresa foi menor em relação aos resultados operacionais, com 38% das empresas entregando um Ebitda acima do previsto pela XP. Neste caso, 41% dos dados ficaram em linha com o esperado e 21% abaixo.

Ainda assim, há alguns destaques setoriais. No agronegócio e na educação, por exemplo, 67% das empresas tiveram um Ebitda acima do previsto. Em energia e varejo, 60% surpreenderam. Na outra ponta, imobiliários e shoppings (80%) e bancos (75%) decepcionaram.