O Bitcoin é uma moeda virtual, o mais popular dos criptoativos, sua origem é rodeada de mistérios que vão desde o seu “fundador” até a data de lançamento do criptoativo, além disso a criptomoeda é imbuída de uma filosofia liberal que traz para o criptoativo a possibilidade de ser usado como um sistema de pagamentos independente de órgãos reguladores e também independente de confiança entre as partes que estão relacionadas na transação.
Para começar a questão dos mistérios, o ano de lançamento do criptoativo é motivo de dúvidas entre os especialistas sobre o tema, a data exata não consta em uma fonte oficial (por oficial, neste caso, é fundamental entender que se trata de documentos disponibilizados pelo próprio criador do Bitcoin e não algo chancelado por algum governo, isso deve ficar muito claro pois, em partes, era justamente essa necessidade de centralização que o Bitcoin veio para resolver).
No que têm de oficial da criptomoeda a fonte citada mais recente usada como referência data de 2002. Sobre o seu fundador, que assina o nome de Satoshi Nakamoto no documento conhecido como “white paper” existem muitas suposições e nenhuma certeza. Fato é que o documento “white paper” é aberto a todos e pode ser facilmente encontrado na internet, trazendo detalhes sobre a estrutura e proposta desse criptoativo.
Apesar das dúvidas relacionadas às datas, é inegável que o criptoativo começou a chamar atenção em 2008 e talvez não por acaso. Primeiro vamos resumir um pouco a proposta do Bitcoin e de sua ferramenta poderosa conhecida como blockchain.
O bitcoin gostaria de criar um sistema de pagamentos que vai de pessoa para pessoa sem a necessidade de qualquer órgão regulador por trás, este sistema é possível em transações que envolvem confiança, porém este era outro problema. Como criar um sistema amplo de pagamentos baseado apenas na confiança? Impossível.
Por isso Satoshi Nakamoto criou um sistema de pagamentos de pessoa para pessoa onde ao invés de confiança, a confiabilidade na transação passou a ser garantida por provas criptográficas. Em um segundo momento o ativo passou a ser concebido já trazendo a informação de como seria formatado, a quantidade existente de criptomoedas disponíveis e que ainda surgiriam seriam limitadas, logo ela cumpriria um papel de “bem escasso”.
Voltando ao ano de 2008, contextualizando, o mundo passava por uma crise tremenda causada pela má regulação e precificação de ativos hipotecários, crise que popularmente ficou conhecida como a crise do subprime. Os bancos centrais injetaram, como medida para conter os problemas financeiros, grandes quantidades de moeda fiduciária (sem lastro, como o Dólar e o Euro), com destaque para o Banco Central Europeu e o Federal Reserve (cumpre o papel de banco central norte americano). Essas medidas de liquidez sofreram duras críticas na época, com milhares de investidores raivosos, todo o atual sistema financeiro foi colocado em xeque, ondas e mais ondas em fóruns de investimentos, profissionais e amadores discutiam quando (e não mais se) o atual sistema financeiro ia ruir.
Com base nos acontecimentos que começaram em 2007 e se arrastaram até 2009, a discussão sobre autoridades centrais regulando a moeda ganhou propulsão jamais vista no mundo e, coincidentemente (ou não) no dia 22 de novembro de novembro de 2009 o próprio Satoshi Nakamoto deu boas-vindas aos membros de um fórum de Bitcoin que havia sido criado a pouco, hospedado no bitcointalk.org. O fórum tinha poucos usuários e, apesar da ideia parecer genial, o criptoativo não ganhou repercussão de cara. Foi graças a uma base fiel, que compartilhava dos mesmos princípios liberais da criptomoeda que ela foi lentamente ganhando força. O discurso sempre foi em prol da menor burocracia, do anonimato que as transações garantiam, da confiabilidade garantida na criptografia, que acabava por conferir menores custos transacionais já que para as instituições tradicionais de pagamento, os gastos para combater as fraudes, além de eventuais disputas judiciais fazem o sistema parecer para muitos como algo extremamente burocrático, lento e centralizado o que acaba por fazê-lo mais caro.
A inovação do sistema proposto foi sem dúvidas o blockchain, popularmente falando ele funcionaria como correntes de dados onde cada transação é gravada em um bloco que é “assinado” pelo bloco anterior que registrou as transações passadas e o bloco atual que será assinado com a chave particular do usuário que está realizando a transação. Pensando na segurança, o sistema também traz garantias de que todos os blocos processados seriam remunerados por partes da criptomoeda, sendo que para uma pessoa fraudar o sistema ela teria de ter poder computacional sozinha maior que todos os computadores juntos que estão envolvidos nas transações e registros do Bitcoin, além disso como o sistema é baseado em confiança, além do suposto atacante ter que contar um poder computacional maior que toda rede junta, ele pode, ao supostamente ter êxito, quebrar a confiança de toda a rede e ter em sua posse criptoativos que em tese poderiam perder todo o seu valor, tendo assim empenhado um enorme gasto para ter poder computacional atoa.
Por fim, a moeda digital Bitcoin revolucionou o mercado financeiro, o sistema de transações eletrônicas proposto por ele sem depender de confiança, sem depender de regulação e fora de qualquer sistema centralizado revolucionou todo o sistema financeiro. Baseado em suas configurações, diversos criptoativos vem surgindo com propostas parecidas e também com propostas completamente diferentes. Além disso, o sistema do blockchain vem sendo alvo de estudo de diversas autoridades centrais, alguns países vêm implementando de forma oficial alguns criptoativos no mercado.
É difícil falar se o Bitcoin pode chegar a ser um sistema amplo de transações no futuro, do qual participarão pessoas do mundo todo fora da égide de um órgão regulador, ou ainda que o Bitcoin será o principal meio de pagamentos no futuro. Enfim, ouve-se de tudo, porém, fato é, que o Bitcoin foi uma forma que conseguiu escalar as criptomoedas no sistema financeiro e trouxe uma infinidade de possibilidades para usuários e reguladores que vêm pensando cada dia mais, como será o futuro dos sistemas financeiros.
O valor do Bitcoin hoje está em $ 97.297,76, convertendo este valor para reais, um Bitcoin vale R$ 561.408,09.
Nas últimas 24 horas o total de negociações da moeda Bitcoin foi de 87,49 Bilhões de dólares e o valor total de capitalização do Bitcoin é atualmente de 1,93 Trilhão de dólares.
Nos últimos 12 meses a mínima da moeda Bitcoin em dolar foi de $ 35.813,81 (equivalente a R$ 206.645,69), já a máxima no período foi de $ 97.297,76 (equivalente a R$ 561.408,09).
Considerando o histórico da moeda Bitcoin, se você tivesse investido R$ 1.000,00 há um ano, hoje você teria R$ 2.599,30.
A moeda Bitcoin utiliza a tecnologia blockchain. Essa tecnologia cria uma rede entre todos os usuários da moeda que é capaz de executar processamentos e armazenar essas informações de forma distribuída, garantindo assim a segurança e a descentralização das transações.
Como e onde comprar a criptomoeda Bitcoin (BTC)?
O melhor local para você comprar Bitcoin (BTC) é em uma corretora de criptomoedas. Essas corretoras que se assemelham as corretoras de ações, são basicamente um mercado digital onde seus usuários podem comprar e vender suas criptomoedas.
Você também pode minerar Bitcoin, essa é uma forma alternativa para conseguir novas moedas, no entanto, essa prática está ficando cada vez mais obsoleta para pequenos investidores e entusiastas, uma vez que atualmente a maior parte da mineração de criptomoedas está concentrada em grandes fazendas de mineração, tornando a mineração "caseira" algo pouco lucrativo.