Reserva de Emergência: Você sabe o que significa e qual a sua importância?
Alguns conceitos simples e bem objetivos devem ser colocados em prática antes de qualquer investidor se aventurar na bolsa de valores. A renda variável é convidativa, apresentando a cada dia oportunidades reais de se realizar um excelente investimento, porém antes de qualquer real aplicado via home broker, há premissas que devem ser seguidas em prol de um futuro mais tranquilo no mundo dos investimentos. Organizar a vida financeira, pagar as dívidas, estudar conceitos e práticas de análise de ativos e, é claro, investir na reserva de emergência. Talvez essa seja a última peça a ser encaixada no caminho rumo aos investimentos em renda variável e, com certeza, uma das mais importantes.
Mas afinal, o que é a reserva de emergência? Para quê serve?
A reserva de emergência nada mais é do que um montante que represente alguns meses do seu custo de vida, e que será utilizada especificamente em casos de emergência. Normalmente, entre três e seis meses de custo de vida mensal será um bom início, embora os mais precavidos possam ampliar esse recurso. Mas, por mais simples que possa parecer, essa reserva possui alguns detalhes que devem ser observados com atenção:
1 – Premissa básica
Muitas vezes menosprezada, principalmente por investidores iniciantes, a reserva de emergência é fundamental e importantíssima antes de qualquer movimento na bolsa de valores. Ela serve como um pilar de segurança ao investidor e permite noites de sono mais tranquilas em momentos de turbulência.
2 – Disponibilidade
A reserva de emergência deve estar disponível imediatamente. Será utilizada em momentos atípicos, como um acidente de automóvel, uma reforma inesperada ou mesmo a perda do emprego. Assim, esses recursos devem ter liquidez imediata, mesmo que para isso seja necessário abrir mão da rentabilidade. Como regra de bolso, a reserva de emergência deve estar alocada em alguma aplicação que o investidor tenha fácil acesso.
3 – O montante
Apesar de estar muito ligado ao estilo de vida de cada investidor, o valor necessário para compor essa reserva deve ser bem planejado. Um empreendedor poderá pensar em algo em torno de dez a doze meses de reserva, enquanto um funcionário público estável poderá programar um montante que corresponda a quatro meses de seu custo de vida. De qualquer forma, o investidor deve imaginar cenários adversos e como a reserva de emergência seria utilizada em cada caso. Dessa forma, poderá planejar sua reserva de forma consistente, para então definir seu valor ideal.
4 – Não confunda reserva de emergência com reserva de oportunidade
Alguns perfis de investidores adotam como estratégia montar uma reserva de valor, com características muito semelhantes às da reserva de emergência, porém, destinada à oportunidades. Também chamada de reserva de liquidez, essa parte dos recursos normalmente também é aplicada em renda fixa, com boa liquidez. Ao contrário da reserva de emergência, é utilizada nos momentos de maior volatilidade do mercado, quando o investidor vai às compras. O perigo está em confundi-las, já que a base do conhecimento nesse sentido deixa claro que não se deve, em nenhum cenário, utilizar a reserva de emergência como reserva de oportunidade, abrindo mão da segurança em prol de ativos de risco.
Não esqueça: uma reserva de emergência bem planejada pode fazer toda a diferença. Pode trazer a tranqüilidade necessária para boas noites de sono ou mesmo para analisar friamente aquele ativo mais complexo que irá futuramente compor a carteira.
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