Conheça os 8 países menos desenvolvidos do mundo

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Publicado em 22/01/2025 às 08:00h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 22/01/2025 às 08:00h Atualizado 1 mês atrás por João Henrique Possas
Conheça 8 países menos desenvolvidos do mundo.
Conheça 8 países menos desenvolvidos do mundo.

O mundo enfrenta uma enorme disparidade entre os países. Enquanto algumas nações prosperam com altos níveis de desenvolvimento, outras ainda lutam para garantir condições básicas de vida para suas populações.

Este artigo mergulha nos 8 países menos desenvolvidos do mundo, explorando os desafios enfrentados por essas nações e como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) reflete suas realidades.

O que é o índice de desenvolvimento humano (IDH)?

O IDH é uma métrica amplamente usada para avaliar o desenvolvimento de um país com base em três pilares principais:

  • Renda per capita: mede o nível de riqueza disponível por pessoa.
  • Educação: avalia a taxa de alfabetização e anos esperados de escolaridade.
  • Expectativa de vida: reflete as condições gerais de saúde e qualidade de vida.

Essa métrica varia entre 0 e 1, sendo 1 o mais alto nível de desenvolvimento possível.

Países como Noruega e Suécia, por exemplo, têm IDHs superiores a 0,900, enquanto as nações que vamos explorar neste artigo enfrentam IDHs muito baixos, indicando extrema pobreza e infraestrutura precária.

Os 8 países menos desenvolvidos do mundo

1. Sudão do sul (idh 0,385)

Localização: África Oriental

Capital: Juba

Moeda: Libra sul-sudanesa

O Sudão do Sul, que conquistou sua independência em 2011, continua a enfrentar desafios monumentais devido a conflitos civis persistentes que corroem suas frágeis bases sociais e econômicas.

Com uma das taxas mais altas de deslocamento interno do mundo, milhões de pessoas vivem em abrigos improvisados, sem acesso adequado a alimentos, água potável e cuidados médicos.

A economia, altamente dependente do petróleo, sofre com a volatilidade do mercado global e a falta de diversificação, enquanto setores como agricultura e indústria permanecem subdesenvolvidos.

Além disso, a infraestrutura precária, que inclui estradas destruídas e sistemas de energia deficitários, dificulta o comércio e a prestação de serviços básicos.

A ausência de investimentos significativos em educação agrava ainda mais a situação, perpetuando ciclos de pobreza extrema e limitando as oportunidades para futuras gerações.

A instabilidade política e a violência continuam sendo barreiras substanciais para a reconstrução do país, que necessita urgentemente de assistência internacional para enfrentar crises humanitárias e reestabelecer uma base econômica sustentável.

2. Chade (idh 0,394)

Localização: África Central

Capital: Djamena

Moeda: Franco CFA Central

O Chade enfrenta uma combinação de instabilidade política, infraestrutura deficitária e desafios econômicos que mantêm grande parte da sua população em condições de pobreza extrema.

A economia do país depende fortemente da exportação de petróleo, mas a falta de diversificação econômica torna-o vulnerável a flutuações nos preços globais de commodities.

Além disso, a agricultura de subsistência, que emprega a maioria da população, é gravemente prejudicada por condições climáticas adversas, como desertificação e secas frequentes, que comprometem a segurança alimentar.

A infraestrutura de saúde é extremamente limitada, com hospitais subequipados e escassez de profissionais qualificados, dificultando o combate a doenças endêmicas.

No setor educacional, as taxas de alfabetização são baixas, especialmente entre mulheres, devido à falta de escolas em áreas rurais e à desigualdade de gênero.

O Chade também sofre com o fluxo contínuo de refugiados de países vizinhos em conflito, como Sudão e República Centro-Africana, o que sobrecarrega ainda mais os já insuficientes serviços sociais.

A ausência de estabilidade política e o elevado nível de corrupção representam barreiras significativas para o progresso, enquanto esforços internacionais de assistência continuam sendo cruciais para enfrentar as crises humanitárias e promover o desenvolvimento sustentável no país.

3. Níger (idh 0,400)

Localização: África Ocidental

Capital: Niamei

Moeda: Franco CFA

O Níger é um dos países mais vulneráveis da África Ocidental, com sua economia amplamente dependente da agricultura de subsistência, que emprega a maior parte da população.

Contudo, a produtividade agrícola é severamente impactada por condições climáticas adversas, como desertificação e secas frequentes, que tornam vastas áreas improdutivas.

Isso exacerba a insegurança alimentar, com uma significativa parcela da população enfrentando desnutrição crônica.

Embora o Níger possua algumas das maiores reservas de urânio do mundo, a exploração desses recursos não foi suficiente para diversificar sua economia, que continua extremamente vulnerável a choques externos.

A educação também é um dos principais desafios enfrentados pelo Níger.

As taxas de alfabetização permanecem entre as mais baixas do mundo, refletindo a falta de infraestrutura educacional, professores qualificados e barreiras culturais, especialmente para mulheres e meninas.

A rápida expansão populacional, com uma das maiores taxas de natalidade global, pressiona ainda mais os limitados recursos econômicos e sociais disponíveis.

A saúde pública é igualmente preocupante, com um sistema de saúde precário e acesso restrito a medicamentos e serviços básicos, o que torna a população altamente suscetível a epidemias e doenças evitáveis.

Além disso, o Níger sofre com instabilidade política, frequentemente marcada por golpes de Estado e conflitos internos, que dificultam a implementação de políticas públicas e afastam investimentos estrangeiros.

A presença de grupos extremistas em regiões fronteiriças aumenta os desafios de segurança, afetando diretamente as comunidades locais e limitando o desenvolvimento de infraestrutura crítica.

A assistência internacional continua sendo essencial para lidar com crises humanitárias, apoiar a segurança alimentar e incentivar o desenvolvimento de setores fundamentais, como educação e saúde, para quebrar o ciclo de pobreza extrema que aflige o país.

4. República centro-africana (idh 0,404)

Localização: África Central

Capital: Bangui

Moeda: Franco CFA Central

A República Centro-Africana é um dos países mais instáveis do mundo, com sua história recente marcada por conflitos armados contínuos e ciclos de violência sectária, que afetam diretamente sua população e sua economia.

Milhões de pessoas vivem deslocadas internamente ou como refugiadas em países vizinhos, enfrentando condições precárias de vida e dificuldades extremas para acessar alimentos, água potável e serviços básicos.

A infraestrutura do país é praticamente inexistente em muitas áreas, com estradas em condições críticas, falta de energia elétrica e redes de saneamento inadequadas.

A economia da República Centro-Africana depende fortemente da exportação de madeira e diamantes, mas esses recursos são frequentemente explorados de forma ilegal ou sob controle de grupos armados, o que reduz a capacidade do governo de arrecadar receitas e reinvesti-las no desenvolvimento nacional.

A corrupção generalizada também representa uma barreira significativa, desviando recursos e enfraquecendo as instituições públicas.

No setor educacional, as escolas frequentemente são fechadas devido à insegurança, deixando uma geração inteira sem acesso à educação adequada.

A saúde pública é outro grande desafio.

O sistema de saúde está gravemente subfinanciado e subequipado, resultando em altas taxas de mortalidade infantil e expectativa de vida extremamente baixa.

Doenças evitáveis, como malária e cólera, continuam sendo uma ameaça constante devido à falta de medicamentos e infraestrutura hospitalar.

A assistência internacional é crucial para a entrega de ajuda humanitária, reconstrução de infraestrutura básica e promoção da paz no país.

Sem um esforço coordenado para estabilizar a situação política e melhorar as condições econômicas e sociais, o ciclo de pobreza e conflito na República Centro-Africana dificilmente será rompido.

5. Burundi (idh 0,426)

Localização: África Oriental

Capital: Gitega

Moeda: Franco do Burundi

O Burundi é um dos países mais pobres do mundo, enfrentando desafios econômicos, sociais e políticos profundamente enraizados.

Sua economia, baseada principalmente na agricultura de subsistência, sofre com baixa produtividade devido à falta de tecnologia agrícola, mudanças climáticas e a degradação do solo.

Mais de 90% da população depende da agricultura para sobreviver, mas a falta de acesso a insumos, como fertilizantes e sementes de qualidade, mantém o setor em níveis críticos de eficiência.

A instabilidade política, marcada por conflitos internos e ausência de um sistema governamental robusto, continua a dificultar o progresso.

A governança no país é frequentemente acusada de corrupção, desviando recursos que poderiam ser usados para melhorar setores essenciais, como saúde e educação.

O sistema de saúde do Burundi é insuficiente para atender às necessidades da população, com hospitais mal equipados e escassez de profissionais qualificados, o que resulta em altas taxas de mortalidade infantil e baixa expectativa de vida.

No campo educacional, as taxas de alfabetização permanecem extremamente baixas, particularmente entre mulheres e meninas, devido à falta de escolas acessíveis, infraestrutura inadequada e barreiras culturais.

Além disso, o crescimento populacional acelera a pressão sobre os já limitados recursos do país, ampliando os níveis de pobreza extrema.

A presença de deslocados internos, causada por conflitos passados e tensões políticas, adiciona um fardo significativo à infraestrutura social.

As crises alimentares são recorrentes, com grande parte da população vivendo em situação de insegurança alimentar.

Sem esforços internacionais consistentes e reformas estruturais internas, o Burundi enfrenta desafios contínuos para alcançar estabilidade e desenvolvimento sustentável.

6. Mali (idh 0,428)

Localização: África Ocidental

Capital: Bamako

Moeda: Franco CFA Ocidental

Apesar de ser rico em recursos minerais, como ouro, o Mali enfrenta sérios obstáculos ao seu desenvolvimento devido a conflitos armados persistentes e à presença de grupos terroristas que operam principalmente no norte e no centro do país.

Esses conflitos não apenas causam deslocamento populacional em massa, mas também inibem o acesso a serviços básicos e comprometem a segurança alimentar, já que grande parte da população depende da agricultura de subsistência.

A infraestrutura é extremamente limitada, com estradas em péssimas condições e um setor de energia insuficiente para atender às necessidades da população e atrair investimentos estrangeiros.

O sistema educacional no Mali sofre com baixa cobertura, principalmente em áreas rurais afetadas por conflitos, onde muitas escolas permanecem fechadas por razões de segurança.

As taxas de alfabetização continuam baixas, limitando as oportunidades econômicas para a juventude do país.

No setor de saúde, a falta de infraestrutura hospitalar e a escassez de profissionais qualificados resultam em altos índices de mortalidade infantil e baixa expectativa de vida.

Doenças como malária e desnutrição são endêmicas e continuam a afetar uma parcela significativa da população.

A economia do Mali é fortemente dependente da mineração de ouro, mas essa riqueza mineral não é distribuída de forma equitativa, perpetuando desigualdades sociais e econômicas.

A corrupção e a falta de transparência no governo agravam os problemas, desviando recursos que poderiam ser usados para desenvolver setores essenciais.

O país enfrenta também desafios climáticos, como secas prolongadas, que reduzem a produtividade agrícola e aumentam a insegurança alimentar.

A assistência internacional permanece crucial para estabilizar o Mali, promovendo não apenas segurança e paz, mas também um desenvolvimento sustentável que possa beneficiar toda a população.

7. Moçambique (idh 0,446)

Localização: África Austral

Capital: Maputo

Moeda: Metical

Moçambique é um país rico em recursos naturais, como gás natural, carvão e pedras preciosas, mas enfrenta grandes desafios na transformação dessas riquezas em desenvolvimento sustentável.

A infraestrutura do país é severamente limitada, com estradas mal conservadas, rede elétrica insuficiente e sistemas de transporte ineficientes, o que afeta diretamente o crescimento econômico e a qualidade de vida da população.

Grande parte da população depende da agricultura de subsistência, que é altamente vulnerável a eventos climáticos extremos, como secas e ciclones.

Os recentes desastres naturais, incluindo ciclones devastadores, destruíram comunidades inteiras, desabrigando milhares de famílias e comprometendo o acesso a água potável, saneamento básico e serviços de saúde.

Além disso, a desigualdade social é um problema persistente, com a maior parte dos benefícios da exploração de recursos naturais concentrada em uma pequena elite, enquanto a maioria da população continua em pobreza extrema.

A corrupção é um dos maiores entraves ao progresso em Moçambique, desviando recursos e dificultando a implementação de políticas públicas eficazes.

O sistema de saúde é frágil, com falta de hospitais bem equipados e profissionais qualificados, resultando em alta mortalidade infantil e baixa expectativa de vida.

No setor educacional, o acesso à educação básica é limitado, principalmente.

8. Burkina faso (idh 0,449)

Localização: África Ocidental

Capital: Uagadugu

Moeda: Franco CFA Ocidental

Burkina Faso enfrenta uma complexa combinação de crises humanitárias, econômicas e sociais que o colocam entre os países mais vulneráveis do mundo.

A seca prolongada é um dos maiores desafios, afetando diretamente a agricultura de subsistência, que é a base da economia e o principal meio de sustento para a maioria da população.

A falta de acesso à água potável agrava as condições de vida, contribuindo para a disseminação de doenças de origem hídrica e elevando os índices de mortalidade infantil.

A insegurança alimentar é uma realidade crítica em Burkina Faso, com milhões de pessoas enfrentando fome devido à baixa produtividade agrícola, conflitos armados e deslocamentos forçados.

A violência provocada por grupos extremistas, particularmente nas regiões do norte e leste, desalojou milhares de famílias, criando uma das maiores crises de deslocamento interno na África Ocidental.

Esses conflitos não apenas desestabilizam o país, mas também dificultam o acesso a serviços básicos, como saúde e educação, em áreas afetadas pela violência.

O sistema de saúde em Burkina Faso é frágil, com infraestrutura inadequada e uma grave escassez de profissionais qualificados, o que torna difícil atender às necessidades básicas da população.

A educação, embora considerada uma prioridade, enfrenta desafios significativos devido à falta de escolas, professores e segurança nas regiões mais afetadas pelos conflitos.

Muitas crianças são impedidas de frequentar as aulas, perpetuando ciclos de pobreza extrema e exclusão social.

A corrupção e a má gestão dos recursos públicos também são barreiras importantes para o progresso, desviando fundos que poderiam ser investidos em infraestrutura crítica e programas de desenvolvimento.

Apesar disso, Burkina Faso continua recebendo assistência internacional significativa, que desempenha um papel crucial na mitigação das crises humanitárias e no apoio ao desenvolvimento sustentável.

A implementação de reformas estruturais, juntamente com esforços para promover a paz e a segurança, será essencial para que o país possa superar seus desafios e oferecer melhores condições de vida à sua população.

Desafios enfrentados por essas nações

As dificuldades comuns incluem:

Conflitos armados e instabilidade política

Muitas dessas nações encontram-se em zonas de guerra ou enfrentam crises políticas crônicas que alimentam ciclos de violência, desconfiança e falta de governança eficaz.

Essa instabilidade afasta investidores, dificulta o acesso a ajuda internacional e impede o funcionamento adequado de instituições essenciais.

Infraestrutura insuficiente

A ausência de infraestrutura básica, como acesso a água potável, saneamento, eletricidade e transporte, limita a produtividade econômica e reduz a qualidade de vida.

Estradas deterioradas e sistemas de transporte precários dificultam a movimentação de bens e pessoas, prejudicando tanto o comércio interno quanto as exportações.

Dependência econômica de commodities

A economia de muitas dessas nações está concentrada em exportações primárias, como minerais, petróleo ou produtos agrícolas.

Essa dependência as torna altamente vulneráveis às flutuações de preços no mercado internacional, dificultando a estabilidade econômica de longo prazo.

Falta de educação e qualificação

O baixo nível de alfabetização e a escassez de programas educacionais de qualidade comprometem o capital humano, limitando as oportunidades de desenvolvimento pessoal e econômico.

A ausência de qualificação profissional reduz a competitividade no mercado global.

Desafios climáticos e ambientais

Muitas dessas regiões enfrentam os efeitos devastadores das mudanças climáticas, como secas prolongadas, enchentes e degradação ambiental.

Essas condições agravam a pobreza, especialmente nas áreas rurais, que dependem da agricultura de subsistência.

Como essas nações podem evoluir?

Investimento internacional estratégico

A cooperação internacional deve ser focada em financiar projetos de infraestrutura e serviços básicos, como saúde e educação. Parcerias público-privadas e acordos multilaterais podem catalisar investimentos e gerar empregos locais.

Estabilidade política e boa governança

É fundamental implementar processos democráticos estáveis, combater a corrupção e fomentar a transparência nas instituições. A construção de governos confiáveis pode atrair investimentos estrangeiros e promover o desenvolvimento sustentável.

Reforma educacional inclusiva

Investir em programas de alfabetização, formação técnica e superior, além de iniciativas voltadas à inclusão de mulheres e grupos marginalizados, é essencial. A educação de qualidade cria oportunidades para que as gerações futuras se tornem agentes de mudança.

Soluções sustentáveis

A exploração dos recursos naturais precisa ser feita de maneira equilibrada, considerando o impacto ambiental. Tecnologias limpas e renováveis, como energia solar e eólica, podem ser uma alternativa viável para regiões carentes de infraestrutura tradicional.

Apoio à resiliência climática

Programas que promovam práticas agrícolas sustentáveis, reflorestamento e gerenciamento de recursos hídricos são essenciais para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e garantir a segurança alimentar.

Integração econômica regional

A criação de blocos econômicos regionais e zonas de comércio livre pode fortalecer as economias locais, promovendo o intercâmbio comercial e reduzindo a dependência de mercados externos.

Conclusão

Entender a realidade dos países menos desenvolvidos do mundo é essencial para perceber a desigualdade global.

Apesar dos desafios, há espaço para mudanças positivas através de esforços conjuntos entre governos, ONGs e a comunidade internacional.

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