XP, BTG e Nubank venderam R$ 40 bilhões em títulos do Banco Master
Distribuição massiva de CDBs e LCIs agora depende do FGC para ressarcir investidores.
Nas últimas semanas, o mercado financeiro esteve atento a um dos principais casos do mercado financeiro do país. O Banco Master foi liquidado pelo Banco Central, fazendo com que milhares de investidores ficassem sem saber exatamente o que fazer com os títulos do banco que tinham na carteira.
O Master ganhou relevância nos últimos anos por oferecer títulos de renda fixa com rendimentos bem acima da média do mercado. Desta forma, os investidores optavam por estes ativos às vezes sem conhecimento do risco, mas sabendo que poderiam ter um retorno atrativo para a carteira.
Os principais bancos e corretoras do país têm uma participação neste cenário, já que são eles quem fazem a distribuição dos títulos. Conforme informações do Valor, só a XP Investimentos teria vendido mais de R$ 26 bilhões entre CDB, LCI, LCA e Letras Financeiras do Master.
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No BTG Pactual, a distribuição foi um pouco mais tímida, mas, mesmo assim, ainda muito relevante: foram R$ 6,7 bilhões, considerando o estoque no dia da liquidação. Já o Nubank foi responsável por repassar quase R$ 3 bilhões entre ativos do Master e suas subsidiárias, como o Will Bank, que está fora da liquidação extrajudicial.
A notícia positiva neste cenário é que quase todas essas aplicações foram feitas abaixo do limite do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Por isso, a maioria dos clientes poderá pedir ressarcimento das suas aplicações, sem nenhum prejuízo, já que tanto o valor original quanto o rendimento serão devolvidos.
Sem risco sistêmico
Nesta quarta-feira (26), o Banco Central divulgou um relatório dizendo que a queda do Master não traz risco ao Sistema Financeiro Nacional. O documento destaca que os ativos da instituição representam menos de 0,60% de tudo o que circula no país, estando, então, classificados como crédito de pequeno porte.
“O Comitê de Estabilidade Financeira registra que a avaliação sobre a imposição de regimes de resolução a instituições financeiras deve considerar a normalidade da economia pública e a preservação dos interesses dos depositantes, investidores e demais credores”, disse o Banco Central.
Os diretores da entidade também lembraram que o Will Bank está fora da decisão, mas agora opera em situação especial.
“No caso específico, a decretação do Regime de Administração Especial Temporária (RAET) no Banco Master Múltiplo S.A. permite o funcionamento regular da sua controlada Will Financeira S.A. CFI enquanto se encontram em curso negociações que buscam preservar a atividade dessa instituição”, destacou o documento.
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