Vale (VALE3) recebe “pix” de US$ 1 bilhão após fechar nova parceria
A companhia anunciou nesta quinta-feira (18), a conclusão da formação de uma joint venture com a GIP na Aliança Energia.

A Vale (VALE3) anunciou nesta quinta-feira (18), a conclusão da formação de uma joint venture com a Global Infrastructure Partners (GIP) na Aliança Geração de Energia (Aliança Energia).
A operação resultou no recebimento de US$ 1 bilhão em caixa pela mineradora, que passa a deter 30% de participação na nova sociedade, enquanto a gestora norte-americana ficará com os 70% restantes.
Com a transação, a Aliança Energia passa a consolidar integralmente ativos estratégicos de geração renovável, incluindo o parque solar Sol do Cerrado e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, ambos em Minas Gerais, além de outras seis hidrelétricas mineiras e três parques eólicos distribuídos entre o Rio Grande do Norte e o Ceará.
Energia estratégica para a Vale
Segundo Marcelo Feriozzi Bacci, vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da companhia, a operação reforça o pilar de autossuficiência energética da Vale, garantindo acesso a volumes estratégicos de energia a preços competitivos.
“O contrato prevê preços definidos em dólares, sem ajustes por inflação, e apoia a manutenção de uma matriz 100% renovável no Brasil”, afirmou Bacci.
O movimento se alinha ao compromisso da mineradora com a descarbonização de suas operações e fortalece sua agenda de sustentabilidade, em um momento em que a pressão global sobre grandes produtores de minério de ferro em relação a compromissos ESG (ambientais, sociais e de governança) se intensifica.
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Rating elevado e dividendos no radar
O anúncio vem na esteira de outras notícias positivas para a companhia. Na véspera (17), a agência S&P Global elevou o rating de crédito global da Vale de “BBB-” para “BBB”, com perspectiva estável, citando avanços em gestão de risco, descomissionamento de barragens e melhorias operacionais.
Já na segunda-feira (15), o BTG Pactual revisou seu preço-alvo para os ADRs da Vale (VALE), de US$ 10 para US$ 11, mantendo a recomendação neutra.
O banco destacou avanços na disciplina de investimentos e na estratégia comercial, mas avaliou que o valuation atual ainda não abre margem suficiente para recomendação de compra.
Ainda assim, o BTG destacou que a resiliência do minério de ferro na faixa de US$ 100 por tonelada e a expectativa de redução da dívida líquida ajustada para US$ 15 bilhões–US$ 16 bilhões até o fim do ano criam espaço para a distribuição de dividendos extraordinários.
O banco estima que pagamentos entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão ainda em 2025 não estão descartados.
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Estratégia de longo prazo
O movimento da Vale mostra uma estratégia dupla. De um lado, reforçar a diversificação e estabilidade energética no Brasil, reduzindo riscos de custos no médio e longo prazo; de outro, manter disciplina financeira, fortalecendo o balanço e abrindo espaço para remuneração adicional aos acionistas.
💲 Para os investidores, a equação envolve tanto o potencial de dividendos robustos quanto o fortalecimento da posição da companhia em energia limpa, fator que pode se tornar cada vez mais valorizado por grandes fundos globais.

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