Trump avalia tarifas específicas para smartphones, chips e eletrônicos

Produtos, contudo, estão isentos da taxação de 145% anunciada contra a China.

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Publicado em 14/04/2025 às 08:02h - Atualizado 19 horas atrás Publicado em 14/04/2025 às 08:02h Atualizado 19 horas atrás por Marina Barbosa
Tarifas devem ser anunciadas em 1 ou 2 meses (Imagem: Shutterstock)
Tarifas devem ser anunciadas em 1 ou 2 meses (Imagem: Shutterstock)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesse domingo (13) que semicondutores e suprimentos eletrônicos não ficarão totalmente livres da cobrança de tarifas.

📱 O governo americano havia isentado a cobrança das "tarifas recíprocas" anunciadas por Trump sobre smartphones, laptops e outros equipamentos eletrônicos. A medida foi anunciada na sexta-feira (11) depois que ações de empresas como a Apple (AAPL34) derreteram diante da possibilidade do aumento de custos.

Trump, no entanto, disse nas redes sociais que "não houve nenhuma 'exceção' tarifária anunciada na sexta-feira".

Segundo o republicano, esses produtos ainda estão sujeitos à tarifa de 20% imposta sobre os produtos chineses em fevereiro e estão apenas migrando para um pacote tarifário diferente.

🗣️ "Estamos analisando os semicondutores e toda a cadeia de suprimentos eletrônicos nas próximas investigações sobre tarifas de segurança nacional", afirmou, indicando que uma tarifa específica pode ser criada para esses produtos.

"Ninguém vai se livrar das balanças comerciais injustas e das barreiras tarifárias não monetárias que outros países usaram contra nós, especialmente a China, que, de longe, nos trata pior", declarou.

O Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, reforçou que "os eletrônicos estão isentos das tarifas recíprocas, mas estão incluídos nas tarifas de semicondutores, que devem chegar em um ou dois meses".

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Impacto das tarifas

💲 Com as tarifas, Trump pretende levar para os Estados Unidos a produção de itens estratégicos como os chips e semicondutores, de forma a reduzir a dependência de países como a China, estimular a indústria americana e a geração de empregos no país.

Analistas, no entanto, temem que a guerra comercial eleve a inflação e pressione a atividade econômica dos Estados Unidos, colocando o país em recessão. Por isso, os mercados têm vivido dias turbulentos desde o anúncio do tarifaço de Trump.

A Apple, por exemplo, caiu mais de 11% entre 2 e 11 de abril. A empresa importa boa parte dos seus smartphones e componentes da China, que foi taxada em 145% pelos Estados Unidos. Por isso, os preços do iPhone podiam disparar com a tarifas.

A notícia de que esta taxa não será mais aplicada aos componentes eletrônicos, no entanto, impulsiona as ações das empresas de tecnologia no pré-mercado desta segunda-feira (14). A esperança é de que as tarifas que venham a ser impostas pelo governo americano sobre esses produtos seja inferior aos 145% impostos aos demais itens importados da China.