Suzano ou Klabin: Banco aponta qual tem mais fôlego para crescer em 2025
O banco Safra vê Klabin com melhor desempenho no curto prazo, mas reforça Suzano como favorita com retomada da celulose.

💰 O Banco Safra revisou suas projeções para as ações das gigantes do setor de papel e celulose, Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11).
Em relatório divulgado ao mercado, o banco reconhece que o momento favorece Klabin no curto prazo, mas reafirma sua preferência estrutural por Suzano, de olho na recuperação cíclica dos preços da celulose prevista para o terceiro trimestre deste ano.
Segundo o analista Ricardo Monegaglia, da equipe do Safra, os papéis da Suzano acumulam queda de cerca de 14% em 2025, enquanto Klabin recua aproximadamente 20%.
Ainda assim, o banco acredita que a Suzano pode cair mais, com os preços da celulose BHKP (de fibra curta) atingindo fundo do ciclo em US$ 500 por tonelada já em junho, o que pode forçar o mercado a revisar para baixo as projeções de Ebitda da companhia.
Essa expectativa está ligada à exposição maior da Suzano à celulose de fibra curta, que representa 85% de sua geração de Ebitda, enquanto na Klabin esse percentual é de apenas 20%.
Em ciclos de baixa de commodities, essa diferença costuma impactar negativamente a Suzano — e o Safra não acredita que será diferente desta vez.
A retomada da celulose pode favorecer Suzano no 2º semestre
Apesar da cautela com o curto prazo, o Safra acredita que o cenário pode se inverter a partir do segundo semestre.
A expectativa de recuperação dos preços da celulose entre julho e setembro é o principal gatilho para a valorização da Suzano, que historicamente se beneficia mais em ciclos de alta.
Além disso, a companhia possui maior geração de caixa e avaliações consideradas mais atraentes no médio e longo prazo. Por isso, o banco elevou o preço-alvo de SUZB3 de R$ 70 para R$ 80, mantendo a recomendação de compra, o que implica um potencial de valorização de 31%.
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Klabin ganha força no curto prazo, mas desafios permanecem
Para Klabin, a menor exposição à celulose de fibra curta ajuda a proteger os resultados no cenário atual.
No entanto, esse posicionamento limita sua participação numa possível recuperação da BHKP, além de haver desafios operacionais ainda pressionando os resultados da companhia.
O Safra também revisou para baixo o preço-alvo de KLBN11, de R$ 23,90 para R$ 22,40, com recomendação neutra e potencial de alta de 22%.
O banco demonstra cautela quanto à estratégia de crescimento de volume de vendas da empresa, destacando que a concretização desse plano pode demorar mais que o esperado.
Preços da celulose ainda são risco
📈 O banco ressalta que os fundamentos de mercado para a celulose seguem frágeis no curto prazo.
O rali observado no início de 2025, motivado por interrupções na oferta global, perdeu força com o aumento de estoques na China, descontos agressivos dos produtores sul-americanos e tensões comerciais entre Estados Unidos e China.
Esse cenário pressiona a relação risco-retorno da Suzano, sobretudo com câmbio volátil e projeções negativas de curto prazo para a BHKP.
No entanto, se a retomada dos preços se confirmar a partir do segundo semestre, a ação pode voltar a liderar no setor, aponta o Safra.

KLBN11
KlabinR$ 18,27
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