SLC Agrícola (SLCE3) rebate acusação de desmatamento, veja
Companhia é citada em relatório da ONG britânica Earthsight sobre desmatamento e grilagem no Cerrado.
A SLC Agrícola (SLCE3) foi citada em uma investigação da ONG britânica Earthsight sobre casos de desmatamento e grilagem do Cerrado. Contudo, rebateu as acusações nesta sexta-feira (12).
🔥 A companhia brasileira disse que as acusações de desmatamento feitas pela ONG britânica "são equivocadas", pois opera "dentro dos limites legais e que segue as determinações dos órgãos ambientais Estaduais e Federais".
"A empresa segue valores e princípios claros, cumpridos por toda a equipe, da direção aos colaboradores mais recentes. Por isso, mais uma vez, condenamos afirmações infundadas que buscam prejudicar a reputação e o histórico de sucesso da agricultura brasileira e da SLC Agrícola", afirmou.
O que diz a Earthsight
Em relatório publicado na quinta-feira (11), a Earthsight diz que a produção de algodão estaria contribuindo com a destruição do Cerrado, especialmente no oeste da Bahia, onde a SLC Agrícola e o Grupo Horita produzem.
👕 Intitulada de Fashion Crimes, a publicação diz que o algodão produzido nessa região brasileira é exportado para empresas asiáticas que transformam a commodity em roupas. Essas peças seriam compradas por gigantes do varejo de moda mundial, como H&M e Zara.
"A Earthsight descobriu que o algodão usado pelas gigantes da moda H&M e Zara está ligado ao desmatamento em grande escala, à apropriação de terras, às violações dos direitos humanos e aos violentos conflitos de terra no Cerrado brasileiro", diz o relatório.
Além disso, a ONG disse que o Grupo Horita e a SLC Agrícola estariam ligadas a "danos ao Cerrado, às suas comunidades tradicionais e ao clima". Segundo a ONG, essas companhias têm um "histórico flagrante de desmatamento ilegal e infrações ambientais no oeste da Bahia".
Especificamente sobre a SLC Agrícola, o relatório diz que as fazendas da companhia perderam pelo menos 40 mil hectares de Cerrado nativo nos últimos 12 anos e afirma que o desmatamento continuou mesmo depois de a empresa adotar uma política de desmatamento zero em 2021. Por isso, a SLC Agrícola teria recebido mais de US$ 250 mil em multas por infrações ambientais do Ibama desde 2008.
Leia também: JHSF (JHSF3) desaba na B3 após embargo; veja o que diz a companhia
O que diz a SLC Agrícola
Em comunicado publicado nesta sexta-feira (12), a SLC Agrícola avaliou que "o Brasil tem uma das legislações ambientais mais avançadas do mundo, com a definição de áreas para reserva legal, ou seja, áreas que serão preservadas permanentemente e cuja responsabilidade é do proprietário da terra".
"No caso da SLC Agrícola, possuímos 113 mil hectares de reserva legal, com objetivo de preservação da fauna e flora nativas", acrescentou, reafirmando "seu compromisso com a transparência e o respeito ao meio ambiente e às comunidades locais",
"A empresa busca fornecer para seus clientes produtos de alta qualidade, produzidos de forma sustentável, consolidando sua reputação global", afirmou.
Em relação às acusações de desmatamento, a SLC Agrícola disse que a sua política de desmatamento zero "está sendo rigorosamente cumprida" e que demonstrou por meio de mapas enviados à Earthsight que um incêndio atingiu uma área da Fazenda Palmares, na Bahia, em 2022.
"Além disso, a empresa evidenciou, com esses mapas, que a área está em plena recomposição de sua mata nativa e biodiversidade, pois a legislação brasileira não permite o plantio em área de reserva legal", completou.
Sobre um caso de apropriação de terras na região de Capão Modesto mencionado pela ONG britânica, a SLC Agrícola disse que opera como arrendatária na região, a cerca de 40 quilômetros da reserva legal que seria palco do conflito.
"As áreas de reserva legal e preservação permanente não fazem parte do escopo do contrato de arrendamento, sendo de responsabilidade do proprietário sua manutenção e preservação. Quando arrendamos a área, avaliamos que a documentação do imóvel estava adequada", alegou.
A companhia também disse que recorreu das multas aplicadas pelo Ibama com "fortes argumentos e documentos contestando os motivos alegados". As multas estão em tramitação, sem julgamento definitivo até o momento.
As ações da SLC Agrícola chegaram a liderar as perdas do Ibovespa na quinta-feira (11), após a publicação do relatório da Earthsight. Fecharam o dia com queda de 4,18% e caíram mais 1,54% nesta sexta-feira (12). O saldo da semana foi um baque de 4,29%.
SLCE3
SLC AGRICOLAR$ 16,84
-6,44 %
5,30 %
5.25%
18,58
1,51
SLC Agrícola (SLCE3) tem prejuízo no quarto trimestre de 2023
No ano, o lucro da companhia recuou 29,8%, afetado pelos valores da safra da soja
SLC Agrícola (SLCE3) recebe certificação de agricultura regenerativa
Duas fazendas receberam o selo Regenagri, em uma área total de 35.943 hectares
SLC Agrícola (SLCE3): Santander inicia cobertura e BofA eleva recomendação para ação
Santander recomenda compra parar o papel; veja preço-alvo
SLC Agrícola (SLCE3): Incêndio atinge galpão de algodão na Bahia
Não houve feridos, nem danos à lavoura. Fogo teria atingido menos de 0,5% da produção da empresa
Renda fixa isenta de IR: FS Bio recompra CRAs pagando IPCA+ 11% ao ano
Crise no crédito de empresas do agronegócio faz taxas dispararem e preços dos títulos caírem na marcação a mercado
Selic a 10,75%: Quanto rende o seu dinheiro em LCA e LCI
Saiba como está a rentabilidade da renda fixa bancária isenta de imposto de renda
Ações pagadoras de dividendos em dólar para aproveitar ainda em 2024
Analistas de Wall Street esperam crescimento dessas empresas no próximo ano; veja lista
Ibovespa vai de foguete, mas quais são as ações mais descontadas da B3 ainda?
Setor que reúne as empresas brasileiras mais baratas da Bolsa está em liquidação de 34%; confira