Santander (SANB11) ‘desbanca’ Bradesco (BBDC4) e se torna a preferida do JPMorgan
O Bradesco teve sua recomendação reduzida de "compra" para "neutro", enquanto o Santander foi promovido para "compra".
🚨 O JPMorgan atualizou suas recomendações para os principais bancos brasileiros após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24), refletindo mudanças importantes nas expectativas do mercado.
O Bradesco (BBDC4) teve sua recomendação reduzida de "compra" (overweight) para "neutro", enquanto o Santander Brasil (SANB11) foi promovido de "neutro" para "compra".
Essa revisão gerou movimentações expressivas nos papéis de ambos os bancos na manhã desta segunda-feira (25).
Por volta das 10h10 (horário de Brasília), as ações do Bradesco apresentavam queda de 1,09%, sendo negociadas a R$ 13,65. Em contrapartida, os papéis do Santander registravam alta de 1,52%, cotados a R$ 26,64.
Motivações para a revisão no Bradesco
Apesar de avanços graduais nos resultados do Bradesco, o JPMorgan aponta que as melhorias não têm avançado no ritmo esperado e podem enfrentar desafios prolongados em 2025. Entre os principais fatores destacados estão:
- Necessidade de investimentos adicionais que podem postergar ganhos significativos na relação custo/receita até 2026;
- Impactos de uma taxa Selic elevada, que pode limitar receitas de mercado;
- Indícios de que a melhora na qualidade dos ativos pode ter atingido um limite.
Mesmo com a projeção de crescimento de 21% nos lucros em 2025 (R$ 23,7 bilhões), o banco espera um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 13,8% a 14,6% entre 2025 e 2026.
Para os analistas, esses números não compensam o aumento do custo de capital no Brasil, que foi ajustado de 14% para 15% tanto para Bradesco quanto para Santander.
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Por que o Santander ganha protagonismo?
A visão do JPMorgan para o Santander Brasil é mais otimista, com destaque para a recuperação acelerada do ROE, que subiu de 11% para 17% este ano.
A gestão do banco tem como meta atingir um ROE de 20%, com foco em lucratividade ao invés de participação de mercado a qualquer custo.
Além disso, o banco tem se beneficiado de sua estratégia voltada para pequenas e médias empresas e para o varejo de massa, enquanto melhora a alocação de ativos ponderados pelo risco (RWA).
Esse direcionamento reforça a percepção de uma relação risco-recompensa mais atrativa em comparação com os pares.
Ajustes de preços-alvo e visão do mercado
O JPMorgan revisou as metas de preços-alvo para os principais bancos:
- Bradesco (BBDC4): de R$ 20 para R$ 16.
- Santander Brasil (SANB11): de R$ 34 para R$ 32.
- Itaú (ITUB4): de R$ 40 para R$ 39.
- Banco do Brasil (BBAS3): de R$ 33 para R$ 31.
Apesar das reduções nos preços-alvo, Itaú e Banco do Brasil permanecem com recomendação "overweight", sinalizando oportunidades para investidores de longo prazo.
O que esperar para 2025?
📈 Com o cenário econômico ainda pressionado por juros elevados, os bancos enfrentarão desafios para otimizar receitas e melhorar eficiência.
No entanto, o comprometimento do Santander com estratégias bem executadas e sua rápida recuperação de ROE o posicionam como destaque no setor. J
á o Bradesco, embora mostre potencial de crescimento, precisará acelerar suas iniciativas para atender às expectativas do mercado.
Essa reavaliação reflete a importância de uma gestão estratégica e ágil no setor bancário, especialmente em momentos de transição econômica.
SANB11
SANTANDERR$ 26,72
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