Santander (SANB11) ‘desbanca’ Bradesco (BBDC4) e se torna a preferida do JPMorgan

O Bradesco teve sua recomendação reduzida de "compra" para "neutro", enquanto o Santander foi promovido para "compra".

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Publicado em 25/11/2024 às 10:34h - Atualizado 3 minutos atrás Publicado em 25/11/2024 às 10:34h Atualizado 3 minutos atrás por Matheus Rodrigues
Por volta das 10h10 (horário de Brasília), as ações do Bradesco apresentavam queda de 1,09% (Imagem: Shutterstock)
Por volta das 10h10 (horário de Brasília), as ações do Bradesco apresentavam queda de 1,09% (Imagem: Shutterstock)

🚨 O JPMorgan atualizou suas recomendações para os principais bancos brasileiros após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24), refletindo mudanças importantes nas expectativas do mercado.

O Bradesco (BBDC4) teve sua recomendação reduzida de "compra" (overweight) para "neutro", enquanto o Santander Brasil (SANB11) foi promovido de "neutro" para "compra".

Essa revisão gerou movimentações expressivas nos papéis de ambos os bancos na manhã desta segunda-feira (25).

Por volta das 10h10 (horário de Brasília), as ações do Bradesco apresentavam queda de 1,09%, sendo negociadas a R$ 13,65. Em contrapartida, os papéis do Santander registravam alta de 1,52%, cotados a R$ 26,64.

Motivações para a revisão no Bradesco

Apesar de avanços graduais nos resultados do Bradesco, o JPMorgan aponta que as melhorias não têm avançado no ritmo esperado e podem enfrentar desafios prolongados em 2025. Entre os principais fatores destacados estão:

  • Necessidade de investimentos adicionais que podem postergar ganhos significativos na relação custo/receita até 2026;
  • Impactos de uma taxa Selic elevada, que pode limitar receitas de mercado;
  • Indícios de que a melhora na qualidade dos ativos pode ter atingido um limite.

Mesmo com a projeção de crescimento de 21% nos lucros em 2025 (R$ 23,7 bilhões), o banco espera um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 13,8% a 14,6% entre 2025 e 2026.

Para os analistas, esses números não compensam o aumento do custo de capital no Brasil, que foi ajustado de 14% para 15% tanto para Bradesco quanto para Santander.

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Por que o Santander ganha protagonismo?

A visão do JPMorgan para o Santander Brasil é mais otimista, com destaque para a recuperação acelerada do ROE, que subiu de 11% para 17% este ano.

A gestão do banco tem como meta atingir um ROE de 20%, com foco em lucratividade ao invés de participação de mercado a qualquer custo.

Além disso, o banco tem se beneficiado de sua estratégia voltada para pequenas e médias empresas e para o varejo de massa, enquanto melhora a alocação de ativos ponderados pelo risco (RWA).

Esse direcionamento reforça a percepção de uma relação risco-recompensa mais atrativa em comparação com os pares.

Ajustes de preços-alvo e visão do mercado

O JPMorgan revisou as metas de preços-alvo para os principais bancos:

Apesar das reduções nos preços-alvo, Itaú e Banco do Brasil permanecem com recomendação "overweight", sinalizando oportunidades para investidores de longo prazo.

O que esperar para 2025?

📈 Com o cenário econômico ainda pressionado por juros elevados, os bancos enfrentarão desafios para otimizar receitas e melhorar eficiência.

No entanto, o comprometimento do Santander com estratégias bem executadas e sua rápida recuperação de ROE o posicionam como destaque no setor. J

á o Bradesco, embora mostre potencial de crescimento, precisará acelerar suas iniciativas para atender às expectativas do mercado.

Essa reavaliação reflete a importância de uma gestão estratégica e ágil no setor bancário, especialmente em momentos de transição econômica.

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SANTANDER
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